quarta-feira, 19 de maio de 2010

Filosofia do Criador da Strings Theory

 

2010

 

[Digite o nome da empresa]


 

Moacir


 


 

[Sobre diversos assuntos]

Sobre filosofia


 

Sobre Hegel.

Ijuí, RS, quinta-feira, 27 de março de 2008. São 00h18min.


 

  1. Diz-se que todo o filósofo que produza pensamentos de boa qualidade tem que conceituar para expressar seu modo de pensar. Que na filosofia não há espaço para opiniões.
  2. Tenho um curto comentário a respeito disto. Hegel transforma tudo em conceitos. Até suas opiniões pessoais, como se foram verdades absolutas e cai em erros comuns, por conceituar o que deveria ser expresso como opinião apenas.
  3. Palavras são poder. Elas têm o poder de nos encantar, desmanchar (tirar as manchas, desfazer) as nossas dúvidas, dando-nos certezas, podem nos divertir, podem nos dar o poder de seu conhecimento ou podem mesmo nos destruir interiormente.
  4. Hegel usa as palavras muito bem, tenta construir com elas um conhecimento, através de conceitos, não tão simples assim, analisa ele a subjetividade dos caráteres, e nele, uma simples palavra modifica todo o sentido do que estava falando, tornando sua conversa com o leitor ora um tanto obnubilada, ora clara e límpida como as águas dos nossos ribeirões intocados... Ou como o sol nascente, no qual podemos fixar os olhos sem cegarmo-nos.
  5. Hegel é maravilhoso quando fala de Cristo, sua análise é profunda e ainda não li Spinoza, para ter uma idéia comparativa.
  6. Não sei, na realidade, se Hegel era cristão, mas gosto sim da análise que fez do cristianismo.
  7. Quanto ao que li até agora, sua análise da arte em geral, ele pretende ser realista puramente. Prefere ele o realismo à fantasia.

Arte

  1. Minha opinião sobre arte já é conhecida.
  2. Porém preciso fazer eu próprio uma análise da arte, até onde a conheço, nos dias atuais.
  3. Qualquer coisa que seja feita com tintas, madeira, bronze, metais, mármore ou mesmo pedras pode ser entendido como arte para nossos contemporâneos.
  4. Qualquer coisa que se faça com uma câmera fotográfica, de filmagens, ou com instrumentos musicais é tomada como arte pelos mesmos.
  5. Minha idéia de arte vai além do "qualquer coisa".
  6. Minha idéia de arte não é puramente filosófica, não pretendo conceituar, a não ser que eu tenha certeza de que meu pensamento esteja correto, de alguma maneira ou de outra, ou seja, se eu tiver a certeza, pela lógica estabelecida, de que meu pensamento é correto, ainda que sofra críticas, então direi: - isto é um conceito.
  7. Estudei arte sozinho; lendo e vendo as opiniões e conceitos e de tudo o que já li até hoje sobre este assunto, e de tudo o que vi, formei uma opinião sincera, a qual está baseada no pouco que sei.
  8. Se esta opinião sincera puder se tornar um conceito, aí será diferente...
  9. Em primeiro lugar a arte pode representar a nossa realidade, é o que chamamos de realismo. O realismo não leva em consideração senão a realidade que tenta retratar. Deveria ser informativo, isto é, deveria retratar a realidade sem estabelecer críticas a ela, mostrando, cortando e analisando. É como se o artista dissesse aqui tem uma ferida (geralmente o que se analisa nestas obras é a própria realidade social em que vivemos), ela é assim ou assado.
  10. Mas como estamos sujeitos a uma dialética, e a uma crítica severa a esta sociedade, então as visões retratam a sociedade sempre muito cruelmente, como que dizendo: - o inferno é que é o céu...
  11. Estamos na busca pela liberdade, falam os artistas (cineastas, pintores, músicos, poetas, escritores, escultores etc.), produzindo obras que retratam seus sonhos de liberdade. Querem expressar seus sentimentos, seus valores morais e éticos, sua estética e está esta estética, esta ética, esta moral ligada a esta mesma realidade.
  12. Na sua análise, então, através da arte, que fazem desta realidade não se colocam à distância desta realidade, mas dentro dela. Não têm, então, o poder de recortá-la, dissecá-la, de descobrir suas feridas e lhes propor uma cura. Porque estão impregnados dela, da sua parcialidade, da sua dependência.
  13. Por que se fossem dissecá-la precisariam dissecar a si próprios...
  14. Minha idéia de arte é a da originalidade. Todo mundo busca a originalidade, dirão alguns, isto é corrente e conhecido até para o público.
  15. Minha idéia de arte é a do infinito, como o céu à noite. Vejo o Cruzeiro do Sul como uma jóia feita de diamantes de fogo... Uma jóia valiosa e que pertence a quem conseguir olhá-la como tal... Pertence a quem, pensando em arte, não precisa de uma filmadora para nela ver a beleza nascida por si mesma, da natureza, ou de Deus.
  16. Prefiro a arte que defende idéias, sejam elas simples, ou mais elaboradas, idéias já estabelecidas, a que valha sempre recordar ou recorrer, ou mesmo inovadoras e originais. Por isto falo do infinito. Por que as idéias inovadoras ou originais, ou surpreendentes, ainda que pura fantasia, estas são como o infinito, não têm fim, vem de uma inspiração divina, para mim certamente divina, e não se ligam à realidade como vistas de dentro dela, mas vista como quem olha o diamante, seja ele de fogo ou não, por alguma de suas facetas delicadamente lapidada ou ainda bruto, veja nele as possibilidades de lapidação possíveis.
  17. Porém, não é qualquer um que pode saber como lapidar um diamante bruto. Nossas realidades, assim postas, como nos vêm aos olhos e ouvidos, e sentidos, são como estes diamantes brutos. Se ficarmos retratando-as como quem as vê de dentro, perdemos a possibilidade de retratando-as distanciadamente perceber o quão belas ou perfeitas poderiam ser. Por isto, para podermos perceber as possibilidades de lapidação, precisaríamos ter conhecimento de como se lapida uma pedra como esta, seja ela de fogo ou não. E há coisas que só Deus pode nos inspirar, pois só ele é o lapidador perfeito.
  18. Minha idéia de arte está no que é velho, naquilo que é tradição popular, uma beleza universal que nasce do meio do povo que é simples e que qualquer mente, seja ela esclarecida ou não, pensa ser belo, agrada, digamos assim, a qualquer um, por isto mesmo universal. É que aquilo que realmente é original é universal. E o que é original ou universal está conforme certas leis de percepção da beleza que valem para todos os seres humanos.
  19. Minha idéia de arte está no que é novo, inusitado, não no que é insólito, quando este novo representa uma evolução daquilo que já é estabelecido, ainda segundo as leis de percepção da beleza que são universais, ou quando inusitado seja conforme estas leis.
  20. Tanto o novo como o tradicional são belos. Porém a beleza e a perfeição são oferecidas aos nossos sentidos em conformidade com referenciais próprios de cada obra em si mesma, e não constituem exceção para ninguém, pois desde os homens ou as mulheres mais simples até os homens ou mulheres mais esclarecidos perceberão nestas obras humanas a sua beleza.
  21. Portanto, para mim, o belo está no que é universal. E o universal tem regras próprias.
  22. O universal pode surgir em qualquer lugar, época, nos mais diversos referenciais, em qualquer cultura, nas realidades mais cruéis, ou mesmo nas mais suaves.
  23. O universal pode surgir como belo simplesmente, trágico e até mesmo como comédia. A sua beleza independe de quem esteja retratando ou produzindo esta beleza. Depende unicamente de se este que a produz esteja distanciado da realidade o suficiente e de se este mesmo artista tenha a habilidade necessária para produzi-la.
  24. Há nas coisas originais, certa inocência, necessária, certa pureza, princípios, grandeza de alma, ainda que esteja esta alma sofrendo algum distúrbio, uma superação...
  25. Parece-me também que o universal é produzido por pessoas que têm limites e que conseguem ultrapassar estes limites num esforço pessoal ou inspiração que vêm de Deus.
  26. Quanto às idéias, as mais belas idéias são aquelas reforçadas pela necessidade da época em que vive o artista, isto é, são aquelas idéias que fazem falta naquele momento. Elas surgem então para suprir uma necessidade, e depois que forem estabelecidas como idéias, passarão a constituir um legado para gerações posteriores.
  27. Isto não acontece sem um contexto. Não podemos avaliar a beleza inata de uma idéia sem conhecermos, aqui sim, o retrato fiel da realidade da época em que foi formulada, do lugar, da situação em que estavam os personagens nela envolvidos etc...
  28. Por exemplo, se eu perguntar a alguém se existem gênios, sejam eles do bem ou do mal, que resposta terei? Depende das crenças de cada um, não conceituo aqui, pois para cada um há uma crença diferente. Para mim, estes espíritos existem. Alguns são bons, outros maus. Uns inspiram-nos, outros querem nosso fracasso. Porém, o maior e mais poderoso dos Espíritos, o Espírito Divino, o próprio Deus é que pode nos dar solução à influência destes gênios, quando são do mal, e querem nos influenciar a fracassar e falir.
  29. Por isto, para mim, a arte, toda ela, deveria, ainda que fantasia, ou mesmo a realidade, estar ligada a Deus, sua inspiração e tudo o que vem DEle, pois DEle podemos esperar água limpa e potável, como que de uma fonte eterna e inextinguível.
  30. Obrigado Senhor Jesus, por que sei que Tu nos ama. Amém.
  31. Há uma visão geral a respeito das artes de que, opinião expressa e reconhecida como conceito, de que a escultura é uma arte em três dimensões, a pintura em duas, a prosa e a poesia representam apenas um retrato ou tem, digamos duas dimensões no máximo, e assim a música: uma.
  32. O que tenho a dizer a respeito? Quem é inteligente já sabe que vou quebrar este conceito. Por quê?
  33. Por que todas as artes existem e se fazem presentes em nossas vidas em 7 dimensões (as que eu estudei no meu trabalho sobre física...) OU MAIS. Senão, vejamos:
  34. A escultura é uma representação em três dimensões. "O PENSADOR", obra importante de Rodin. Esta obra representa um homem pensando. Ora, o pensamento é um produto da consciência, e consciência é um ato momentâneo. Ela ora está ligada a uma coisa, ora a outra. Ela se dá no tempo. O retrato de O pensador, se dá em um breve momento (o artista deve ter levado muito tempo planejando, modificando os planos da obra, desenhando e redesenhando, até achar que ela ficou bem desenhada e só então partir para a escultura propriamente dita).
  35. Mas não me refiro a confecção da obra e sim dela própria em si. Ela representa um brevíssimo momento para a pessoa retratada, mas cujo modelo deve ter sentido dores por estar fixado naquele momento.
  36. Sem querer ela representa um aspecto do tempo. No Universo tudo é: TEMPO.
  37. O mesmo acontece com a pintura. Ou a poesia e a prosa.
  38. Estas duas últimas representam já: o tempo, em si mesmas. Uma poesia é o decorrer de uma percepção que se dá em determinado tempo. Percepções se dão no tempo. Idéias se dão no tempo. Não é possível descrever percepções sucessivas ou idéias diversas se não houvesse a possibilidade de registrar o tempo. São, como poderíamos dizer, fósseis lindos e maravilhosos.
  39. E como tempo, há sempre obras, esculturas, pinturas, poesias, músicas, prosas que são "eternas". "Sempre-vivas", a elas poderemos recorrer, a qualquer momento e não perderemos a oportunidade de verificar a sua atualidade.
  40. E a música, tem características espaciais? Sim!
  41. Basta ouvir para perceber que a música é uma arte dodecadimensional também.
  42. Aí vai da sensibilidade musical de cada um...
  43. E de volta ao tema beleza. Como dizer: da primeira vez que vi o filme não percebi certas coisas. Agora que o vi de novo percebo certas nuances que não percebera anteriormente. Assim se dá com um quadro, com uma música, com uma escultura etc...
  44. A beleza e a percepção dela se dão também no tempo. Demora um pouco...
  45. Na arte existe, é óbvio, o que é humilde, e o que é grandioso. O singelo e simples e o complexo e estruturado.
  46. Nós humanos somos o quê? Somos arte. Arte de nós próprios, arte máxima de Deus, arte dos outros ou "do outro", fazemos de nós mesmos obras de arte, algumas toscas, outras maravilhosas e somos produto de uma arte que não é mecânica, ou química, ou simplesmente biológica. Somos a arte do espírito, somos arte por que somos produto de nossas próprias ações e vontades. Nós somos arte. Ou: NÓS SOMOS A ARTE! A arte, assim vista, é um reflexo de nossas naturezas. Somos o motivo e o fim da arte em nós próprios... Mas há também aquela arte cujo fim é Deus, o artista primordial. Esta pode ser a arte, entre todas a mais bela, pois se destina a "religar", restaurar nossos seres tão limitados, ainda que arte, tão "doentes" a uma arte mais profícua e profunda que é a cura. Esta cura do espírito se dá em termos de humildade, de superação, de sujeição, e não como agentes. Somos, neste caso da cura, obra de arte de Nosso Senhor e não de nós próprios. Mas ainda somos, neste caso, o fim da arte, através do Amor, pois este é direcionado a nós mesmos...
  47. O próprio sentimento de amor é uma arte. Tudo o que se dê no tempo é uma arte. A Arte, por excelência, de falar o que é apropriado no momento certo. Maçãs de ouro em salvas de prata. Pérolas raras... Diamantes no céu, feitos de energia nuclear, é uma arte complexa, mas ainda assim um conceito...
  48. Toda arte envolve um conceito. Todo amor envolve um conceito. Toda compreensão envolve um conceito. A arte de pensar corretamente. A arte de raciocinar corretamente. Tudo é arte. Pela "arte" de gente grande que nossos pais fizeram é que nascemos... Pela arte e para a arte nascemos... Ela é em si própria o começo e o fim. E o artista é Deus...
  49. Tudo na natureza, seja ela física ou não, pode ser representado através da arte. E às vezes os conceitos são tão complexos que para representar é necessário o auxílio de computadores para ficar perfeito...
  50. Toda a natureza é obra de arte. Até o mal pode ser representado na arte, como, digamos assim, um momento, um "side", lado cruel da realidade...
  51. A arte é sentimento, sim, no tempo, nas dimensões que o psicólogo analisa, ou que o filósofo tenta perscrutar...
  52. A própria filosofia é uma arte que não é para qualquer um...
  53. A ciência sem a arte seria pobre.
  54. A arte sem a ciência não se daria.
  55. Muitos cientistas foram artistas também. Einstein. Leonardo da Vinci. Etc.
  56. Espírito. Mente. A arte e a ciência são produtos da mente. Nelas elas ocorrem. No espírito nascem, no espírito ou com o corpo morrem... Morre o artista, morre a sua arte. Por que a arte é eterna. Sobrevive o momento, o fóssil, este sobrevive.
  57. Sobrevive por muitíssimo tempo. Mas se o artista morre, o faz apenas para nós. Se a arte dele morre com ele, penso eu, tanto ele, quanto a sua arte: serão eternos... Em outras dimensões que não estudei em Física!
  58. A arte e a ciência são invenções humanas? Não, tudo estava previsto por Nosso Senhor. A nossa inteligência é "Arte" DEle. Portanto a ciência também...
  59. A arte é o dom da humanidade. A Política é uma arte.
  60. Existe arte até na agressividade, isto é, conseguir lutar e vencer sem precisar destruir o inimigo. O judô, a capoeira.
  61. Tudo é arte. Até a guerra é artisticamente retratada, e isto é comum.
  62. Nada mais injusto que uma guerra.
  63. Tentando desvendar a alma humana, acabamos ou por produzir arte, ou por desvendar a arte. Tentando desvendar a arte, ou compreendemos profundamente a alma humana ou desvendamos seus segredos...
  64. Tudo tem vida. A arte tem vida própria, a arte é um sentido, um tipo de percepção que temos em nós mesmos... Podemos ver arte num pomar, bem cuidado e com folhas mortas caindo das árvores, num céu tempestuoso, ou numa simples brisa... Podemos ver arte nos desenhos das crianças, ou num Da Vinci.
  65. Arte é vida. Arte é denúncia. Arte é elogio do bom, do bem, do melhor, do correto...
  66. Viver é uma arte.
  67. Amém.
  68. Escrevo para mim mesmo...
  69. Sobre Fidel Castro.
  70. Ditador, comunista, assassino, paredón etc, o céu é o inferno e o inferno é o céu...
  71. Sobre Che Guevara
  72. Idem, idem, idem...
  73. Traidores de suas pátrias, estes são adorados pela esquerda brasileira. ADORADOS, como deuses, o que falam eles? Não sei e não me interessa, um montão de bobagens provavelmente acusando EUA E EUROPA como se foram estes países/nações capitalistas os únicos responsáveis pelas nossas mazelas. Não são, eles souberam o que fazer para se desenvolver. Nós não soubemos.
  74. Nossa esquerda pensa que não é culpada por nossa realidade. Nossa esquerda não pense que não é, pois é também, com a mesma culpa, se é que há, da nossa direita.
  75. Incongruentes, incoerentes, querem liberdade de expressão, mas pregam exatamente o contrário... ou seja, a falta de liberdade de expressão! Não se iludam, o comunismo é a pior falta de liberdade que existe, é uma ditadura policial, em que a mínima expressão de liberdade é punida com cadeia e lavagem cerebral...
  76. Ijuí, RS, quarta-feira, 9 de abril de 2008. São 05h46min.
  77. Pensando um pouquinho sobre Nietsche. Nietsche critica Hegel e sua visão das coisas. Concordo com Nietsche em parte. Em parte quem tem razão é Hegel.
  78. Senão vejamos:
  79. Nietsche, em um de seus escritos, o qual estou a ler por estes dias, afirma que somos homens e mulheres históricos. Que não somos apropriados para produzir o "novo" e que tudo que fazemos é reproduzir a história. Ora, tenho a dizer o seguinte:
  80. Eu conheço razoavelmente bem a história, a ciência História, e o meu próprio passado que, para mim, em minha memória, está escrito como uma sucessão de fatos, às vezes com causas uniformemente dispostas em uma linha unidimensional, outras vezes com fatores dispostos como causas e efeitos em linhas paralelas ou congruentes, mas não linhas únicas e unidimensionais.
  81. Tenho uma memória e uma história, que poderia ser registrada em papel ou outro tipo de arquivo, e mesmo que não fizesse sucesso de bilheteria, ainda assim estaria registrada.
  82. Nós nos guiamos pelo acervo de experiências passadas. Podemos, na maioria das situações, nos guiarmos pelos passos e experiências passadas. Porém o novo surge diante de nós como um desafio, às vezes, como um desafio à nossa inteligência ou nos desafia a arriscarmos a nossa própria pele, a nossa própria existência enquanto humanos, nos desafia para nos testar, se estamos dispostos a continuar escravos ou não, se vamos arriscar o pelego e tentar nossa própria libertação ou vamos nos acomodar e ficar parados no tempo.
  83. Eu diria, neste último caso, que a vida pode ser vista como muito próxima de um jogo de xadrez. Dependendo da estratégia que será adotada por nós, o jogo poderá resultar em vitória sem a necessidade de uma "guerra", por exemplo!
  84. Quero dizer com isto que: se somos ou não históricos, e se somos ou não aptos para produzir evoluções nas maneiras de pensar, se nossas sociedades vão evoluir ou não, isto depende de nós próprios, de nossas reais condições de produzir este "novo" e destas "linhas" congruentes (por que terminam elas próprias sobre nós mesmos)!
  85. Eu diria que agora mesmo, sobre mim, há forças agindo em sentidos e direções contrárias. Que o próprio Universo, ou o próprio SENHOR tem seus sentimentos e está a me avaliar conforme Sua vontade. Se eu estou concordante com esta vontade depende DEle, para Ele próprio, saber isto. Não posso perscrutar os pensamentos de Deus, mas Ele pode perscrutar os meus!
  86. Neste ponto, coloco-me diante DEle e me humilho, pois sei que tudo o que faço o faço inspirado NEle, pois O amo de todo o meu coração, apesar de meus pecados.
  87. Porém, concordo com Nietsche que somos "bárbaros" com conhecimentos helênicos. Somos "enciclopédias ambulantes", com originalidade apenas na capa. Neste ponto afirmo que nós somos ocidentais e tudo o que a ocidentalidade representa.
  88. Na realidade somos aprendizes de feiticeiros! Ninguém aprende alguma coisa a não ser que alguém lhe ensine. Ou aprenda com os próprios erros. Isto, ambas as coisas são possíveis. E temos que concordar que quem procura acha, quem se esforça consegue e quem busca alcança.
  89. Deus abençoe vocês e todos!
  90. Ijuí, RS, quarta-feira, 09 de julho de 2008.
  91. São 00h28min.
  92. Comecei falando sobre Hegel, passei a relatar minhas idéias e concepções sobre arte e agora vou falar um pouco sobre a ciência, mais precisamente sobre a psiquiatria.
  93. A psiquiatria não é uma ciência? Não sei defini-la corretamente, talvez seja uma maneira de tratar a dor humana e não propriamente uma ciência. A psicologia sim, eu sei, é uma ciência. Mas ambas, a forma de tratar a dor e a ciência psicológica servem-se de métodos e técnicas científicas para atingir o conhecimento das doenças mentais e as formas de tratamento e cura.
  94. Porém há, e é isso que eu quero rapidamente dizer aqui, um pequeníssimo detalhe que confere a minha visão sobre estas duas varas da ciência um caráter não de originalidade, mas de pertinência.
  95. Aonde está a verdade? Estas duas ciências, se é que podemos classificá-las ambas como tais, procuram a cura e o tratamento das doenças mentais. Partem da análise de mentes doentes para inferir os seus conceitos (Freud) e por vezes dissecam o corpo vivo para chegar às suas conclusões. Ambas afirmam que Deus não existe.
  96. Esse é o detalhe. Ouvi hoje famoso psiquiatra afirmar que o que justifica a vida humana é o relacionamento interpessoal (em outras palavras).
  97. Então Deus não existe?
  98. Vamos começar.
  99. Se o objetivo da psiquiatria e da psicologia é produzir pessoas bem ajustadas e socialmente saudáveis qual o objetivo da religião que prega (Jesus) a existência de Deus?
  100. Existem na vida humana diversas situações diferentes. Homens e mulheres casados e casadas, solteiros e solteiras, solteirões e solteironas, divorciados e separados, viúvos e viúvas etc. Existem situações de relacionamentos infinitos e variados... O homem é um ser social.
  101. Ajustar o homem perfeitamente na sociedade humana, nos convívios, nas diversas situações, buscar um equilíbrio, buscar uma perfeita harmonia entre mente e corpo, e situação vivida no presente etc, esta é a forma de cura proposta pelas duas ciências.
  102. Ora auxiliando-se de medicamentos, ora de psicoterapia, ora conhecendo, a busca desta perfeição nos relacionamentos humanos é o objetivo de ambas.
  103. Busca da perfeição? Sim. E o que tem isto a ver com Deus? Isto não é prova da Sua majestosa existência!
  104. Deus é uma invenção humana.
  105. Por que motivo buscam os psiquiatras curas e tratamentos? E a psicologia por que busca o mesmo?
  106. Na realidade a psiquiatria e a psicologia são duas buscas um tanto quanto diferentes entre si de um mesmo objetivo: o poder sobre as pessoas. E vêem ambas a busca da perfeição nos relacionamentos como um caminho para este poder.
  107. Como toda busca pela perfeição, há o choque inevitável com a verdade e no final das contas qualquer psiquiatra ou psicólogo acabará por compreender que o corpo saudável é equitativo em suas relações humanas, é generoso, é altruísta, é capaz de sacrifícios de si mesmo pelos outros, é uma relação com o outro: é amor.
  108. Mas qual conceito de amor? O amor saudável, segundo eles, não rejeita nem nega a si próprio. Então eles analisam tudo sob o aspecto do poder que entre as pessoas existe. Poder interpessoal. As táticas, estratégias, mentiras e outras coisas das quais são capazes as pessoas para atingir este poder e este controle do outro.
  109. Negam veementemente que a generosidade seja uma coisa compatível com um coração limpo. Dizem que é pura busca pelo poder. Dizem então que se você é generoso então você é um mentiroso também. Que na realidade o que você quer não é o bem do outro e sim o poder sobre ele. É como se fora uma compra. Uma troca. Na generosidade não existe altruísmo. Que o amor não é uma rua de mão dupla.
  110. Eu li toda a Bíblia, de cabo a rabo, e quando o fiz não compreendi tudo na primeira vez. Li muito e vi em toda ela uma coisa só. Um amor inefável pelos seres humanos e a condenação explícita da maldade. Por que amor e maldade não são miscíveis.
  111. A psicologia (certas psicologias) e a psiquiatria (certas psiquiatrias) então partem do princípio de que o ser humano é falho e mau em sua raiz.
  112. A Bíblia parte do princípio de que a perfeição é possível, que basta seguir o exemplo dado por ela em suas paginas.
  113. A Bíblia diz que os seres humanos são maus sim, mas que não são maus por que querem, e sim por que estão doentes. E que a cura de todos os males é o amor.
  114. A psiquiatria e a psicologia partem do princípio de que a perfeição é possível, mas que o filtro de luz dos seus óculos é que vai dizer qual a cor que deve ser observada, e não todas elas.
  115. A psiquiatria e a psicologia buscam dentro do ser humano a força para a superação dos problemas.
  116. Já as religiões cristãs (não todas) dizem que esta força vem de fora de você, ou seja, de Deus.
  117. Deus existe ou não existe?
  118. Diz explicitamente na Bíblia cristã: - sede perfeitos como perfeito é Vosso Pai celeste.
  119. Ambas concordam, a ciência e a religião: a busca da perfeição é o objetivo.
  120. Então porque negar Deus? Por que rejeitar o amor como solução para tudo?
  121. Ora. Se o objetivo da ciência médica e da psicologia são os relacionamentos e se Vossa Mercê não consegue provas da inexistência de Deus, uma que seja cabal e final, Vossa Mercê corre o risco de "em Ele existindo" estar negando um relacionamento autêntico que poderia produzir frutos de amor espiritual no mais alto grau e nível de espiritualidade, de conhecimento e de poder de cura e de poder de perfeição humana jamais atingido. Isto é, Vossa Mercê estará cavando a própria cova.
  122. Ijuí, RS, Brasil, sexta-feira, 17 de julho de 2009. São 03h33min.
  123. De volta a Hegel, com um breve comentário a respeito do último assunto supra.
  124. Primeiramente gostaria de dizer que: a ciência psicológica, a medicina psiquiátrica e os valores de Nosso Senhor Jesus Cristo não são incompatíveis entre si. A união das três, podemos dizer assim, ciências, pois as duas primeiras podem ser consideradas comparativamente uma com a outra ciências, e a terceira, os conhecimentos que temos a respeito das atitudes e palavras poderosas, dos ensinamentos, dos sentimentos, dos exemplos e tudo o que está escrito nos livros do NT, constituem também uma ciência.
  125. Quanto à Nietsche: estava completamente errado. Se fôssemos viver conforme os seus ensinamentos: teríamos que esquecer todos os conhecimentos adquiridos pela humanidade. Não é possível construir nada novo se não partirmos de premissas corretas, e estas estarão disponíveis no momento que nossas percepções, alteradas para High ou extremos superior, ou não, indutivamente, ou dedutivamente, apropriarem-se dos conhecimentos já produzidos. Não é possível produzir o novo senão a partir do que é conhecido, ou velho. Mesmo as nossas vidas vêm de alguém mais velho, nossos pais. Assim é com a ciência, a arte e toda a produção cultural que existe, existiu ou existirá. Nietsche estava errado. Pelo menos neste ponto. Ainda não li tudo ou a maior, ou melhor, parte do que ele escreveu.
  126. Porém, afirmo com base no que sei, não podemos ser os heróis. A renúncia ao heroísmo é que é o caminho.
  127. Nenhum trabalhador, visto aqui como trabalhador comum, é herói. E só o trabalho de trabalhador comum, cavalo trabalhador como eu sou, é que é o verdadeiro herói.
  128. No não heroísmo, na negação, no anti-heroísmo, no trabalho humilde, inspirado, no esforço pessoal, humilde, contribuinte, na colaboração, e não no heroísmo supra-humano, sim na superação de limites, mas não na crença do super-homem.
  129. O super homem só é possível através da tecnologia humana, e esta é fruto de trabalho humilde de milhares de não ou anti-super-homens. Muitas vezes mal pagos, subnutridos, escravos, ou de conceitos errados, ou de estruturas sociais injustas. Estes é que são os verdadeiros heróis, os humildes, os verdadeiros produtores das condições que permitirão aos homens em sua individualidade e poder pessoal constituir-se em papéis de heróis, não em heróis. Estes "heróis", estes "super-homens" são na realidade apenas atores sociais, não heróis reais. É como num teatro. Fingem ser heróis, mas o verdadeiro e primordial herói da humanidade é Cristo e seu Corpo social.
  130. No fim das contas, o que Nietsche ignorou completamente, em seu trabalho em que afirmou sermos homens e mulheres históricos, foi o trabalho humano. Este é que deve ser considerado, este é que deve ser valorizado. Venha de mais humilde origem que vier, deve ser valorizado. Toda idéia, por mais humilde que seja, se estiver correta, deve ser considerada inspiração, trabalho e valorizada como produto da mente humana.
  131. Nós não somos enciclopédias sem originalidade. Às vezes até sim, mas não se pode generalizar. Depende de quem, quando, em que momento da vida, etc. Depende do tempo etc. etc. etc.
  132. O novo só pode ser produzido onde houver condições para tal. Ou seja: a partir de coisas velhas.
  133. Aí, afirmar-se-á que há coisas que foram produzidas de matérias primas e é completamente novo. Um automóvel, novo, por exemplo.
  134. Porém, a matéria de que é constituído este automóvel é tão antiga que não se pode afirmar que seja nova. Tem bilhões de anos, e ela própria foi feita, produzida em estrelas, passou por diversos núcleos de estrelas até ter a constituição atual.
  135. É velhíssima. Estou falando da matéria que serviu de matéria prima para constituir o novo automóvel.
  136. Assim o é com as idéias humanas. São reciclagens sucessivas, seguem linhas, direções, sentidos, caminhos, maneiras e modos de raciocinar específicos, são produtos de inovações sucessivas em coisas velhas. Uma cadeira é e será sempre uma cadeira.
  137. Um automóvel, já é mais recente, mas a roda é antiqüíssima.
  138. Nós somos o novo na natureza, somos atuais, e de nós mesmos originar-se-á um novo modelo humano, com a graça de Deus, provavelmente daqui a milhões de anos, através do que costumamos chamar de evolução, o que eu aceito e acredito como método divino de produzir coisas novas, conforme as leis que Ele prescreveu para o Universo em que vivemos.
  139. Assim, o novo só surge do que já existiu. Não pode surgir do nada, senão da mente de Deus. Só Deus pode criar a partir do nada. Só ele pode nos inspirar o completamente inusitado. Não o insólito. Insólito seria não divino, e por isto considero todas as obras humanas, frutos do seu trabalho (humano), como divinas também, porque inspiradas por Deus, ou seus anjos.
  140. Como vemos o nosso velho e querido Deus fez com que toda a natureza reciclasse tudo, desde as sub-partículas atômicas até a água em nosso planeta, o ar que respiramos, nossos corpos quando morremos, tudo é reciclagem. Nada mais natural e correto. Tudo deve ser reciclado.
  141. Por isto o novo surge da reciclagem do que é velho.
  142. O novo só pode ser considerado algo com valor se foi reciclado como idéia; ou como matéria.
  143. Por este motivo Nietsche peca. Não aceita ele a reciclagem. Para ele o homem comum é lixo. E lixo deve ser jogado fora.
  144. Nós devemos começar a reciclar as coisas na nossa sociedade, seguindo a orientação Universal, o próprio Universo demora um tempinho, mas recicla tudo.
  145. Uma sociedade baseada completamente na reciclagem. Não na produção de artesanato, falo em grandes reciclagens.
  146. A reciclagem de matérias primas. Todas as matérias primas. Onde houver lixo que seja reciclado. E que não se considere homens e mulheres e crianças como lixo. Não são. São nossos irmãos e irmãs.
  147. Irmãos e irmãs devem ser tratados como seres dignos de respeito, em primeiro lugar.
  148. Não, um não bem contundente para a inatividade. Um não contundente para a demora, precisamos reciclar com pressa, mas com calma e organização.
  149. Comecemos por reciclar as idéias. Seguir caminhos e raciocínios que nos levem a alguma conclusão melhor, mas partamos de premissas existentes. Tudo é reciclagem.
  150. Faço uma proposta em termos de energia.
  151. Tudo o que economizar energia que seja adotado.
  152. Por quê?
  153. Citemos dois exemplos.
  154. Energia da natureza: as hidrelétricas. Economizam energia, são limpas, apesar de que modificam o ambiente natural. Dois prós e um contra.
  155. Energia das pilhas ou baterias elétricas, energia química. Deixam atrás de si um rastro irrecuperável. Exceto as baterias que podem ser recarregadas e seu uso prolongado indeterminadamente, e depois de estragadas, serem recicladas. Aí sim, mas as pilhas comuns estas deveriam ser banidas da sociedade.
  156. Penso que todo o conceito da nossa sociedade deveria ser revisto e analisado pelo ângulo de limpeza, economia de energia, possibilidade de reciclagem, minimizar os efeitos e a produção de lixo.
  157. Por exemplo. Há muito tempo abandonou-se o uso de litros de vidro para comercializar o leite. Não havia mal nenhum nisto. Não sei por que se abandonou esta prática.
  158. Eram facilmente recicláveis, se quebrassem. E, além disto, podiam ser usados indefinidamente. Sem produzir lixo. As garrafas de refrigerantes e bebidas também.
  159. Por que não produzir alimentos em conserva em vidros e não em latas? Ou papel e não plástico? Por que não voltar atrás e empregar mais pessoas, por exemplo, para a entrega de produtos como farinhas, grãos etc. em pacotes de papel e origem a granel?
  160. Por que existem diversos tipos de papel, bastaria que se produzissem papéis mais "grossos", espessos e resistentes e não teríamos problemas nenhuns.
  161. Por que não a volta das sacolas, de pano, para embalar os produtos de mercados? Por que não voltar um pouco atrás? Não seria bom e ecologicamente perfeito? Seriam necessárias adaptações e a criação de novos ou velhos hábitos, já esquecidos por que não vividos pelas pessoas na sociedade.
  162. Ou, porque não pagar alguns centavos por latas e materiais como plásticos comuns, genéricos, ou latas, ou vidros etc., para os catadores?
  163. Incluir materiais que não são geralmente comprados e reciclados como matérias primas? E partir para a sociedade da reciclagem. Isto geraria recursos, trabalho, muito trabalho, economia, e as vantagens não param aí. Os recursos seriam todos melhor geridos e ecologicamente seria correto, e a preservação da natureza, sem lixo inútil, ocorreria com mais consciência das pessoas a respeito destes assuntos.
  164. A próxima pergunta, neste mote que estou seguindo, é quanto poderíamos economizar reciclando tudo em termos de matérias primas, a granel ou em grandes quantidades. Quanto poderíamos economizar?
  165. Quanto aos rios poluídos, o que ocorreria se reciclássemos os subprodutos das indústrias?
  166. Amém.

KANT

  1. Continuando.
  2. Ijuí, RS, Brasil, sexta-feira, 07 de agosto de 2009. São 23h52min.
  3. Minhas idéias amadureceram bastante. Em outro trabalho que fiz, sobre liberdade, tentei compreender este conceito e ir fundo nele. Não percebi na época o que ele significava.
  4. Kant tem uma idéia do que seja liberdade. Eu tenho outro conceito sobre ela.
  5. Em primeiro lugar quero dizer que liberdade para mim se aproxima do conceito natural, isto é, conceito criado pela natureza.
  6. Ou por Deus, como queiram os filósofos.
  7. Para mim é um conceito natural e anterior à criação do Universo.
  8. Assim como na Física e na Matemática, os pontos e retas e planos, e volumes são princípios aos quais quando nos referimos a eles, visualizamo-los e explicamo-los, porém, são princípios, com os quais construímos outros conceitos, isto é, são a base do conhecimento nestas disciplinas e ciências.
  9. Assim, para mim, liberdade pode até ser explicada, mas é um princípio natural, tanto que se prendemos os cachorrinhos durante muitíssimo tempo, ao soltarmo-los eles correm desesperados, aproveitando a "liberdade", então um conceito natural, ao máximo, alegres e felizes, por estarem soltos.
  10. Então a Liberdade está para a Ética, como pontos, retas e planos estão para a Física e a Matemática.
  11. Qual o oposto de liberdade?
  12. Podemos então partir do conceito de Liberdade e determinar outros conhecimentos.
  13. O oposto de Liberdade é a sua completa falta para um ou mais indivíduos.
  14. Estar preso e acorrentado ou preso a conceitos como trabalhos forçados, escravidão etc.
  15. Porém, um destes conceitos, o de escravidão, não poderia ser compreendido sem o conceito natural de parasitismo.
  16. Este é outro conceito que é um princípio. O parasitismo pode ser explicado, mas já existe na natureza antes de o Universo ser criado ou ter existido.
  17. Um povo é escravo quando está exercendo o poder sobre ele um "parasita", ou outro povo que exerça sobre ele o parasitismo.
  18. Outro conceito base, ou princípio, natural também, é a "simbiose", quando dois ou mais indivíduos, grupos ou até povos se reúnem e "colaboram" em função da sobrevivência.
  19. Todos estes conceitos vêm do diálogo entre a Biologia e a Ética, transplantando conceitos naturais para realidades humanas. São conceitos que poderíamos chamar de metafóricos, porém se encaixam perfeitamente em alguns exemplos históricos.
  20. Já o conceito de Liberdade é um conceito natural e biológico por excelência, porém está relacionado a mais que uma ciência. Sua origem, do conceito, é certamente evolucionista e biológico. E como nós humanos somos seres vivos pensantes e transitórios, somos parte desta biologia. Nada mais natural que nós pensemos ou aspiremos à liberdade.
  21. Podemos, portanto, conceituar usando para isto metáforas conhecidíssimas em relação a elementos biológicos, analogia com os pássaros, com os cachorrinhos etc., todas tiradas da biologia, e analisar nossa condição humana, animais que somos.
  22. O perigo da Liberdade, por exemplo.
  23. A Liberdade completa e sem limites, ou pelo menos sem o auxílio da experiência e do conhecimento é perigosa: veja-se o exemplo de um cãozinho que vivendo sempre preso a sua corrente, um dia foi solto por compaixão do seu dono, para que ficasse livre por alguns instantes. Saiu imediatamente a correr, alegre e desesperado, aproveitando ao máximo sua liberdade momentânea. Ao sair à rua, e sem a experiência dos cãezinhos de rua, foi atropelado por um carro e morreu.
  24. Somos como que cãezinhos que quando soltos sentem-se mais seguros e acabam voltando para casa, para a tarefa de "guardar a casa" em troca de segurança e pão. Somos como árvores, neste exemplo anterior, que criam raízes em seu lar e seu trabalho. Precisamos fugir de vez em quando, viajar para longe, espairecer. Porém, logo, logo estamos com saudades das raízes: do nosso lar.
  25. Mas essa não é a única existência possível. Há aqueles que vivem mudando de endereço, ora aqui, ora ali, sem rumo ou paradeiro certo. Este tipo de vida tem suas conseqüências. É um tipo de vida que não cria laços de amor por ninguém, ou se vive como cigano, ou se vive como cãozinho sem dono e sem lar. Ou se é muitíssimo rico para poder levar este tipo de vida com conforto, ou se é extremamente pobre...
  26. Kant não deu o salto no escuro. Não se atirou de cabeça. Por capricho preferiu, apesar de que aprecio-o, digo isto, preferiu ele aceitar alguns conceitos e rejeitar outros. Na realidade estava em dúvida.


 

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