quarta-feira, 26 de maio de 2010

Amor

Não há amor maior que alguém dar a própria vida pelos amigos.


 

Oração de São Francisco de Assis


 

Reformada por Moacir C. Fontoura


 

Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz.

Onde houver ódio que eu leve o amor!

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão!

Onde houver discórdia, que eu leve a união!

Onde houver dúvida que eu leve a fé!

Onde houver erro, que eu leve a verdade!

Onde houver desespero, que eu leve a esperança!

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria!

Onde houver trevas, que eu leve a luz!


 

Ó Mestre, fazei com que eu procure mais:

Consolar e ser consolado!

Compreender e ser compreendido!

Amar e ser amado!

Pois melhor é dar presentes que recebê-los!

Pois é perdoando e perdoado é que, morrendo,

Nasce-se para a vida eterna! Em Vosso Nome, Amém!


 

Poderíamos...

Poderíamos acrescentar nessa oração a seguinte frase:

Senhor Jesus: fazei-me instrumento da Vossa Justiça!

Justiça com paz. Sim, já vi esta história antes. Uma copa do mundo, uma olimpíada, e uma ou duas guerras contra a sede dos jogos...

Será que vai se repetir? Lembrem-se do século passado, bem no início! A história oficial está aí para todos lerem, basta se informar...

Considerações sobre a Paz!

Sobre a Paz!

Ijuí, RS, quarta-feira, 26 de maio de 2010. São 20h40min.

Provavelmente qualquer um que ler isto aqui vai ficar pensando: - Paz? Mas estamos em Paz!?

Ora, que importância teria escrever sobre a paz num momento em que no mundo inteiro a paz reina suave e silente!

Estamos viajando em céu de brigadeiro, num oceano em que os ventos sopram a favor e o tempo é bom...

Sim, tudo isso parece ser verdade. É mesmo?

Senão, vejamos:

Nosso país nasceu há mais ou menos uns quinhentos anos atrás no tempo.

De lá para cá enfrentamos alguns poucos conflitos internos que hoje estão completamente resolvidos e alguns conflitos externos em que nos envolvemos motivados por ataques e necessidade de defesa própria: a Guerra do Paraguay e a 1ª e 2ª Grande Guerras.

Fomos aliados não da Europa, mas da Inglaterra e Estados Unidos da América.

Nossa participação só foi maior mesmo na Guerra do Paraguay.

Então estamos em paz.

Porém, ficam certas coisas, clamores silentes dentro de nossas almas, como que gritando pela nossa libertação.

Libertação do quê?

Econômica, por exemplo!

A grande maioria dos brasileiros e das brasileiras não sente paz no coração, ou na mente, como queiram, exatamente.

A grande maioria vive em favelas violentas e sente na própria existência a agressão física, a pobreza, condições desumanas de vida. Isto não é paz!

Já os ricos vivem uma paz sitiada, vivem livres, mas presos entre grades que os protegem.

Lembro-me de meus filhos indo e vindo até altas horas da noite, ainda pequenininhos, livres, verdadeiramente livres no bairro em que morávamos, por que lá não havia violência.

É claro, não dá para generalizar as coisas.

Como afirmei em outro trabalho, quando a gente vê os outros terem estímulos através da mídia, seja ela eletrônica, computadores, ipods etc., a gente fica com a necessidade psicológica de ter algo parecido, queremos os mesmos estímulos. Sim, estímulos, especialmente entre a gurizada é importantíssimo.

Como a maioria dos brasileirinhos e das brasileirinhas não têm estes estímulos, a necessidade fica insatisfeita.

De onde vêm estes estímulos? Das fábricas de brinquedos americanas. Eles estudam a mente humana a fim de descobrir coisas que façam os estímulos aparecerem diante de nossos olhos e ouvidos, e depois transformam tudo isto em brinquedos, como os ipods, para o quê? Vender, lucrar, ganhar dinheiro.

Por um lado é bom. Os estímulos para a gurizada são necessários.

Por outro lado é ruim. Há muita corrupção moral na internet e também é ruim o fato de que nós não produzimos estes brinquedos caros.

Então, nossa paz é uma paz em que as necessidades tanto das pessoas, as mais pobres, e as do país, nação, como um todo, estão insatisfeitas.

Não é para defender o lucro dos empresários capitalistas brasileiros, mas para defender a geração de impostos que poderiam acabar revertendo em estímulos semelhantes nas escolas, igualmente como é entre os ricos.

Então, se temos necessidades semelhantes, de estímulos para a gurizada, se temos fome de gerar impostos aqui, se temos necessidades não satisfeitas, nossa paz é uma paz pela metade.

Não conseguimos dormir, a não ser os(as) alienados(as), tranqüilos(as) completamente, pois sabemos que menos dia, mais dia, aquilo vai ir pro furaco.

A vida vai nos cobrar caro esta paz pela metade.

No entanto há caminhos estreitos e seguros, ainda que apertados, e os largos e fáceis.

Escolhamos os caminhos estreitos e seguros, ainda que apertados e apinhados de gente.

Por que os caminhos largos e fáceis dão na perdição.

Vi outro dia no YouTube, um menininho americano, de quem não lembro o nome, muito lindo, com olhos azuis a cantar uma música de Michael Jackson.

Parecia um anjo. Penso agora nos nossos menininhos e nossas menininhas, eles e elas têm também os mesmos sonhos e as mesmas esperanças que este menininho americano.

Têm todos eles e todas elas as mesmas necessidades. Só a geração de empregos dignos e bem remunerados aqui, ou seja, através da criação de indústrias e investimentos em mercado interno do nosso país, nação, é que conseguiremos tomar o rumo dos estímulos para nossas vidas. Estímulos econômicos, aos quais teremos que reagir positivamente. E neste feedback a resposta da realidade será mais justiça social e meninos e meninas crescendo com estímulos, aprendendo a ser inteligente, mais gente com ética na política, por exemplo, e também menos roubos e menos falcatruas.

É preciso que nos importemos com o bem público agora, enquanto dá tempo. Que votemos certo. Quem me dera houvesse eleições todos os anos. Para qualquer cargo público. Aí nossa democracia se consolidaria. Pois é votando que se aprende a votar, a escolher. A separar o joio do trigo.

É assim que se fortalece uma democracia.


 


 


 

sábado, 22 de maio de 2010

Tio Mirico

A Eira de Feijão


 

Depois que foi colhido o feijão, meu avô, João Castilhos da Fontoura, homem muito severo, como o eram os homens daquele tempo, lá pelos meados do século XX, 1930 e poucos, mandou meu pai (José) e meu tio Almerico trilharem-no na eira. A eira era um piso bem lisinho, redondo, onde se colocava o feijão com palha e tudo, em cima da qual, montados em cavalos os guris, bem na hora do sol quente, davam voltas para um lado e depois para o outro, até que baixasse e ficasse separado o feijão da palha. Os grãos por baixo e a palha por cima. Meu tio e meu pai foram fazer o serviço e meu avô ficou ali observando tudo, para ver se se comportavam, pois já conhecia as artes, que não havia outra diversão disponível para dois guris passarem o tempo. Ficou ali por algum tempo, e como estivessem comportados saiu...

Cada vez que os animais estercavam ambos tinham que parar, para retirar com as mãos mesmo, e com um pouco de palha, o esterco, a fim de não se misturar com o feijão. Não durou muito e o cavalo de meu tio (Mirico) estercou, e ele mandou meu pai que, estava na frente, parar. Jogou quase toda a bosta fora da eira e ficou com um bolota escondida. Quando meu pai se distraiu ele jogou a bolota e acertou bem na sua orelha direita. Enquanto meu pai gritava e chorava (pois tinha só seis anos), que não ia mais fazer o serviço, ele ria desatado!

E foi para já que o meu pai foi reclamar para o meu avô. – Olha o Mirico jogou a bosta do cavalo na minha orelha.

Meu avô pegou o manguá e lept, lept, surrou o menino (tio Mirico tinha 6 ou 7 anos mais que meu pai). E lá ficou o tio Mirico a tarde toda a trilhar feijão no sol quente!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Garoa

Nuvens escuras

Vêm encobrir

O sol que antes

Estava a sorrir

E a suave brisa

Deixa sentir

Profunda calma

Em minha alma

Chuva a cair


 

E a garoa

Silenciosa

Cai muito fina

E graciosa

Deixa nas pétalas

Das belas rosas

Pérolas lindas

Cristais bem-vindos

E preciosas!


 

E entre brumas

Tão envolventes

Ficam as casas

Ruas e gentes

E elas se tornam,

Todas as mentes,

Como as prosas

Misteriosas

Tão diferentes.


 

E a memória

Faz recordar

O aconchego

Que há no lar

Traz à lembrança

Como a sonhar

Experiências

Reminiscências

Algum lugar!


 

E o menino

Que mora ao lado

Feliz desenha

Muito encantado

O seu coração

No vidro embaçado

Vê da janela

A menina bela

Apaixonado


 

E os passarinhos

Todos molhados

Sofrem nos galhos

C'o ar gelado

E a menina

A pobreza

A sina

O inesperado!


 

Então o menino

Sente compaixão

Ouve a menina

A pedir-lhe pão

Ele a convida

Que entre e se aqueça

Depois agradece

Com o coração!


 


 

E assim termina

A nossa história!

Ou é o começo?

Não há pois guerra,

É tempo de paz,

Ilusão falaz,

No mundo incapaz:

Fome e frio na Terra!

Epitáfio

Um dia...

Um dia eu morrerei.

Dirão, ele morreu.

Deixarei aqui tudo o que fiz de bom e de ruim.

Deixarei meus discos com minhas músicas preferidas e algumas composições que fiz. Meus livros, meu piano. Farão o que quiserem com eles ...

Deixarei lembranças para os que me amam e os que me odeiam dirão: enfim, se foi...

Não deixarei herança senão para meus filhos...

Deixarei como herança sim, as muitas invenções que fiz. Porém, pouco proveito terão meus filhos disso.

Deixarei minhas poesias e poemas musicais.

Aproximadamente 150.

Porém, não me gabo disso.

É pouco...

Escrevi alguns livros. Plantei várias árvores. Cultivei flores. Fiz poucas mas duradouras amizades.

Não vou levar nada deste mundo. Vou tão pelado pro outro mundo como vim para este.

E se Nosso Senhor permitir que eu tenha um cantinho só lá no outro mundo, já é o suficiente para mim. O resto eu me viro.

Obrigado Pai e Mãe por que pude existir. Se vocês não tivessem feito aquela arte naquele fatídico dia 16 de junho de 1961 eu jamais teria existido.

Minha maldição terá acabado.

Talvez minhas lágrimas e choro ouvidos.

Talvez a dor me espere lá do outro lado.

Porém, minha fé em Jesus ainda persiste em ter a esperança de que minha vida lá não será de dor.

Deus me ajude a passar por esta passagem, que ela seja estreita... Como é o caminho...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Um diálogo entre a ciência e a religião!

Um pequeno diálogo entre ciência e religião.

  1. Como começar um pequeno diálogo entre ciência e religião?
  2. Imaginemos um cientista, filósofo e matemático, alguém com raciocínio lógico perfeito, versado em questões difíceis de resolver. Agora, imaginemos um Clérigo, ligado à Igreja Cristã (não importa qual denominação religiosa), também filósofo, talvez um homem ou mulher que tenha em seu currículo a formação em psicologia ou medicina, versado em questões exegéticas e difíceis, com conhecimentos amplos da realidade e da natureza, tanto da ciência como de sua religião...
  3. Pausa.
  4. Vejam, é só imaginação minha. Não sou nenhum dos casos citados (matemático, filósofo ou médico). Tudo o que há em mim são inspirações.
  5. Por isto, esta imaginação, depende de o que o Senhor Deus colocar em minha mente...
  6. Perdoem-me os que julgarem qualquer coisa que eu diga como incorreta, inexata, iníqua.
  7. Prefiro então dizer ou afirmar que não é este pequeno diálogo uma tentativa de auto-afirmação psíquica ou como valor pessoal. É apenas imaginação dentro do que eu conheço destas realidades e de como pensam os tais profissionais.
  8. Façamos uma citação das palavras de Albert Einstein, a quem eu devoto em meu coração um amor póstumo e honra, e valor incomensurável como homem e personalidade, a quem dediquei algum trabalho meu na mesma ciência a que ele se dedicou, a quem, na minha adolescência correspondeu ao modelo que me faltou ou que me foi negado pela minha realidade íntima, não externa, pois modelo de pai tive sim, no meu pai espiritual e biológico, a quem também amo e a quem sigo pegada por pegada neste caminho da vida...
  9. Disse ele (A. Einstein):
  10. – "A ciência sem a religião é cega, a religião sem a ciência é manca"... – e perdoem-me se eu inverti ou não lembrei corretamente a afirmação...

Comecemos.

  1. Olá! (afirmações, perguntas ou elucidações ímpares serão do nosso amigo Cientista).
  2. Olá! (afirmações, perguntas ou elucidações pares serão do nosso amigo Clérigo Religioso!).
  3. Como vai o amigo? Como vai vosso rebanho de almas?
  4. Ora, vou bem, e por que a consideração ao rebanho?
  5. Ora porque se existe rebanho então estou incluído nele!
  6. Como vai Vossa Excelência, pergunto eu, em primeiro lugar? Depois tratemos de se somos rebanho ou não! O amigo está bem em sua saúde? Como está a família, esposa, filhos, queridos?
  7. Estão todos bem, da mesma maneira que eu. Tive uns pequenos problemas de saúde, algo relacionado com meus tecidos conjuntivos, meus joelhos doem às vezes. Sinto que para isto não há remédio, e sinto que isto é conseqüência da idade que avança sem que a possamos deter.
  8. Não podemos deter o tempo, meu velho... E, digo isto com todo o meu coração, talvez seja para nosso próprio bem, nós não o sabemos.
  9. Quantas coisas não sabemos, não é mesmo? Eu que estou acostumado a resolver problemas matemáticos é que sei o quão pouco sabemos.
  10. Sim, mesmo sabendo muito, o que mais temos em temor e tremor ao Senhor Deus são perguntas as quais não conseguimos responder por nós mesmos, senão inspirados por Ele...
  11. Sim, sabemos hoje infinitamente mais, ou assim julgamos, pelo menos, que os antigos sabiam, temos a nosso favor uma ciência que alia a teoria à prática, que comprova o que diz com dados empíricos, ou práticos, experiências que qualquer um pode realizar.
  12. Qualquer um? Eu não posso realizar nem um dedal de todas as experiências que me sugerem minha religião, pois na prática estou preso a grilhões que dizem respeito à minha condição humana... E o que aprendi como médico (ou terapeuta) só o evidencio pela prática médica. No mais, muitas coisas são impossíveis para mim.
  13. Estás a referir que o Vosso referencial é pequeno!
  14. Sim.
  15. Posso, como afirma Vossa Excelência comprovar quase a totalidade das teses que conheço como matemático, mas quando penso em filosofia perco-me entre tantas correntes e afirmações diferentes, diversas; penso então que não atingi o imo de determinadas questões. Nisto sou leigo.
  16. Sou versado em poucos conhecimentos de filosofia, mas em fisiologia vou bem.
  17. Meu referencial também é pequeno!
  18. Somos ignorantes letrados – risos...
  19. Risos...
  20. Nada sabemos...
  21. E que diria Vossa Excelência, Deus existe, ou não existe?
  22. Qual Vossa opinião? Qual o pensamento de Vossa Excelência a respeito do assunto – devolvendo a pergunta...
  23. Penso eu, em primeiro lugar, não em minha opinião, mas no que diz respeito às provas científicas de que o Senhor Deus não existe. Infelizmente é pouco prático ser um cientista, neste caso. Que prova, ou que provas, me daria Vossa Excelência de que Ele existe ou não?
  24. Provas cabais não tenho. Até eu fico em dúvida às vezes, sei que nossa religião funciona como funcionam muitos mitos e sonhos humanos. Sei que nossa religião é algo humano, que vem ela do espírito humano e com ele está intimamente ligada. Porém há coisas escritas nos livros Sagrados que correspondem a fatos diversos comprovadamente científicos, sob o ponto de vista atual! Para mim, particularmente, todo o resto, todas as outras afirmações que são feitas, especulações etc., são detalhes a que não se deveria dar tamanha importância. Queres um exemplo?
  25. Sim.
  26. A veracidade do Santo Sudário.
  27. Incorreto, meu querido. Por quê?
  28. Corretíssimo, meu querido...!
  29. Ora! Como podemos nós ateus provar que Deus não existe se não conseguirmos provar a falsidade de tal objeto? E temos obtido provas de que este objeto, sagrado para Vós, é realmente falso!
  30. Está bem. Isto para minha pessoa nada tem que seja importante.
  31. Ah! Tem sim.
  32. Não tem não!
  33. Prove-me.
  34. Façamos a suposição de que: - este objeto a quem muitos devotam culto, como relíquia de um sacrifício verdadeiro, não existisse...
  35. Sim, e daí?
  36. O que restaria como prova de que Nosso Senhor veio a este mundo?
  37. Nada.
  38. E nós?
  39. Como assim?
  40. Nós, cristãos, não somos nada?
  41. Ah, sim, mas poderia ser que alguém tivesse criado esta conversa toda de que Ele existiu... E levou os outros, seus seguidores na conversa...!
  42. Você já conseguiu convencer alguém de alguma coisa parecida?
  43. Como assim?
  44. Ora, inventou um mito, construiu-o e depois espalhou como verdade!
  45. É claro que não. Não sou bom político para convencer ninguém.
  46. E a quem interessaria convencer outros de que a bondade e o amor fraternal, ou a piedade, a caridade e o respeito ao próximo como a si mesmo são valores que devem ser levados em consideração?
  47. Ora, a um povo perseguido pelos Romanos...
  48. Política?
  49. Sim, eles queriam a libertação dos Romanos.
  50. Bastaria que se unissem em torno de um líder e o seguissem e com uma revolta armada e um pouco de inteligência teriam conseguido o que queriam...
  51. Obra de muitos?
  52. Sim. Porém eu pergunto: - e a construção deste mito. Eles não sabiam nada a respeito nem de mitos e nem de sonhos!
  53. Afirmo que era o inconsciente coletivo em ação!
  54. Se for o inconsciente coletivo não houve espaço para criações "conscientes" ou determinadas pela vontade de indivíduos, por mais inteligentes que fossem...
  55. Não foi este mito obra de um grupo com um líder?
  56. Sim... É o que estou tentando lhe afirmar desde o começo.
  57. Ah! Sei...! Não quero dizer isto. Digo, não foi obra de homens comuns que quiseram salvar a sua pátria?
  58. Há uma prova de que não foram homens comuns. Que homens dariam a vida para salvar a pátria, sabendo que isto era uma mentira? Você daria a vida por uma mentira? Se Christo não tivesse estado entre nós e eles fossem homens comuns, como o eram, não teriam a possibilidade de fazê-lo. Seriam detidos, em primeiro lugar por que não tinham nenhum exemplo... Quem teria a idéia, por mais vaga que fosse de "amar os seus inimigos pessoais"?
  59. Isto nos remete ao Antigo Testamento, que conheço bem...
  60. A.T.?
  61. Sim. Lá Deus afirma que se deve amar ao próximo como a si mesmo!
  62. Deus? Você acredita em Deus?
  63. Melhor, alguém lá afirma isso.
  64. Mas quem?
  65. Ora, o próprio Moisés! Ele era versado em toda a ciência dos egípcios... Foi criado como um príncipe. Tinha ele certamente um espírito cheio de fogo, e vontade férrea, uma ética que ele moldou para si próprio dentro do que julgava ser verdadeiro!
  66. Sim. Pode ser. Pergunto-lhe: se você fosse escravo não desejaria a liberdade?
  67. Que dúvida. Mas isto não prova que a idéia de amar ao próximo seja vinda de Deus. Prova isso sim, que havia o desejo de liberdade já entre os que tinham algum poder naquele país e nação!
  68. Naquela época os egípcios dominavam tudo. Que egípcio desejaria para algum Hebreu alguma liberdade? Melhor, refaço a pergunta: - no que a ciência egípcia levaria alguém, poderoso como um príncipe, e hebreu, sendo ele um homem como qualquer um de nós, a desejar a liberdade para seu povo hebreu como ele se não houvesse nele sentimentos de irmandade? Sim, respondo à pergunta, isto é óbvio... Porém, a ciência egípcia poderia levar este alguém a fazer tudo o que fez? Ou refazendo a pergunta, teria ele o poder que teve para libertá-los, sendo ele um homem limitado como era?
  69. Ora, Ghandi, no século passado o fez! Lá na Índia...
  70. Sim. E que exemplos ele seguiu?
  71. Está bem...
  72. Porém, lhe indago, a que exemplo se referiu Moisés para dar forma à idéia de amor ao próximo?
  73. Ele bem poderia ter sentido em si mesmo ambigüidades que vinham do fato de ter sido educado como príncipe e amar ao mesmo tempo ao povo de sua origem biológica e ao povo a quem estavam sujeitos!
  74. Pois é. Mas a Lei Mosaica não é a de amor aos inimigos! É a lei de Talião! Unha por unha, ou olho por olho, dente por dente! E se ele amava tanto a uns como a outros, Irmãos e Senhores, não se perderia na dúvida? Certo é que quis ele libertá-los. Tomou partido de um dos lados do conflito.
  75. Bom, a lei Mosaica é a Lei de Talião, mas pode ser que algum daqueles seguidores ou participantes do grupo que dizem ser o grupo dos apóstolos de Nosso Senhor tenha tido a idéia de amar aos inimigos e os outros a tenham concluído como boa idéia.
  76. Concordo, novamente. Este um era o próprio Christo.
  77. Não, quero dizer, que Christo seja uma criação humana, isto é, às vezes um fazia o papel de líder, outras vezes outro.
  78. Veja, Vossa Mercê está sugerindo exatamente aquilo que condena. Que existiu um grupo, que este grupo discutia as coisas que aconteciam no páis, nação, e queriam libertar a pátria. Que este grupo vacilava entre um líder e outro. Isto é uma insegurança total para um grupo! Um grupo tem que ter um líder que os liberte do peso das decisões, que este líder seja versado em questões difíceis, que eles o sigam. Se existiu este grupo, então Christo estava entre eles. Ele era o líder. As idéias eram personalíssimas... Não produto de vacilações momentâneas...
  79. Está correto! Porém não prova que Deus existe, ou que Christo era Deus, e nem mesmo que os seus milagres fossem verdadeiros...
  80. Estás sugerindo uma semântica?
  81. Sim.
  82. A conclusão a que nós dois chegamos é a de que Christo existiu sim, independentemente de provas materiais... Nota: Albert Einstein também concordou que Christo existiu!
  83. Pode ter existido, mas era tudo semântica...
  84. Ouça-me: preste atenção! Era semântica sim.
  85. Então estou correto e Christo foi um homem comum.
  86. Perdão! Você está completamente errado e evidencia isto sua própria ignorância ou desprezo pela evidência.
  87. Evidência? Que evidência?
  88. Está claríssimo, como água cristalina! Comum? Christo um homem comum? Que se importa com o próprio umbigo?
  89. Engole em seco!
  90. Cristo não poderia ser um homem comum, pelas idéias, por vir do meio do próprio povo, por ter um poder de convencimento infinito para a época em que viveu, por ser filho de agricultores, conhecer senão as lidas do campo, dos vegetais e pequenos animais silvestres, um homem que sabia ler e escrever, quando a maioria provavelmente não tinha acesso à leitura, um homem cuja inteligência estava acima das inteligências normais de sua época.
  91. Ora! Por isso mesmo! Ele sabia convencer, era um dom de Sua inteligência o convencimento e a persuasão! Era Ele, então, um gênio daquela época, não um Deus. E inconscientemente colocou Ele Seus sonhos pessoais, Seus desejos de ser considerado um deus pelos outros homens acima de qualquer coisa. O Seu inconsciente criou tudo isso...
  92. Que inconsciente! Eu queria ter um inconsciente assim!
  93. Que dizes? Acaso quer Vossa Excelência ser considerado um deus?
  94. Eh! Eh! Vossa Excelência não compreendeu a ironia.
  95. Que ironia?
  96. Se Christo era inconsciente então o que se dirá da consciência dos Romanos!
  97. Está bem... Ele era um homem consciente. Não prova isto que ele era Deus... O Criador de todas as coisas, como diz na Bíblia!
  98. Bom, sabemos então que Christo era um homem consciente e que não havia preocupações com o umbigo NEle. Não havia inconsciente NEle.
  99. Ainda não é prova de que Deus existe. E pior ainda, não há prova de que Ele, Christo, fosse esse Deus.
  100. Sabemos algo, então, que Ele era um homem excepcional.
  101. Está certo, e as provas?
  102. Vossa Excelência tem algum recurso com que provar que Ele não era Deus e que tudo o que ocorreu foi mal contado e que os seus milagres não ocorreram?
  103. Sim. Há o recurso da medicina atual. As ressurreições poderiam ser classificadas como epilepsia. É um fenômeno que acontece com determinadas pessoas. Parecem mortas e de repente lá estão elas de novo. Ele próprio poderia ser um epiléptico.
  104. Penso eu que Vossa Excelência está digredindo de nosso objetivo.
  105. Como assim, só quero provas de que Ele era Deus!
  106. Isto é que é o erro de todos os cientistas, perdem o foco do que dizem as escrituras por quererem provas materiais... São materialistas em extremo! O que o Senhor está querendo é a mesma coisa que sugeri acima, isto é, está querendo um Santo Sudário para malhar...
  107. Silêncio por parte do cientista.
  108. Na realidade o que importa nas escrituras, o foco delas não são os milagres ou o poder sobrenatural de Christo. Sim, o foco é o que Jesus falava, quando esteve entre nós, o que ele fazia, seus exemplos, sua Justiça, seu comportamento, suas relações interpessoais, como Ele agia com determinados problemas comuns naquela época. Por um exemplo: trabalhar aos sábados... Ou então como ele fazia ao julgar pessoas tidas como excluídas da sociedade. Hoje em dia muitos querem fazer crer que sua ideologia é a que está correta por que incluem mais pessoas pobres, outros que seus modelos baseados em uma ideologia capitalista é que estão corretos, por que aí dizem eles, o capitalismo prega o bem estar para as pessoas e quer incluí-las como parte da máquina capitalista, bastando para isto decisões corretas dos dirigentes da nação! Ambos são capazes de tudo para obter o poder. Christo o fazia? Não, rejeitou Ele o que quiseram fazer DEle. Optou Ele pela humildade e o serviço gratuito ao próximo. O foco de todas as escrituras está no que sentem as pessoas, especialmente as pecadoras, o foco está numa bondade que Ele exemplificou com a própria existência. O foco das escrituras não é o que ele fez, simplesmente como milagre, mas sim os Seus sentimentos em relação às pessoas, ao outro, o foco são Seus ensinamentos, suas atitudes frente a um adversário brutal, inconsciente, ganancioso... Ele nos pediu que os amássemos. Que amor é este, ainda que fossem fraudes os seus milagres, que é capaz de entregar-se a um sacrifício de horror por pessoas que não mereciam? Este é o foco. Se seus milagres não eram verdadeiros, se ele não transformou água em vinho, nem curou ninguém, ou se ninguém ressurgiu da morte no momento exato em que Ele ordenou, isto é, era epilepsia, isto não é o foco. O foco está no sentimento que havia NEle com relação ao outro, com relação ao inimigo, com relação a todos. Tinha Ele sentimentos de paternidade que excediam a qualquer medida humana. Um amor tão grande capaz de sacrificar a si mesmo para salvar a quem ama. Este é o verdadeiro foco. Se levarmos a discussão para provas materiais ignorará a riqueza e sabedoria que há não nos milagres, nem nas curas, etc., mas sim nas atitudes frente às dificuldades, na atração Universal que Ele exercia sobre qualquer um, inclusive aqueles que não o viram... Continua este foco existindo, continua Ele a atrair para si a muitos e olhe: - já se passaram vinte séculos que Ele esteve aqui. Se esta realidade é ignorada, então provem que o Santo Sudário é falso, pois nem isto Vossas Mercês não podem... E se essa atração a que me refiro é Universal, e se essa atração e este foco não são perdidos, não será isto um poder que excede o humano, que é exatamente o que quereis que este poder não seja, isto é, divino? Christo é que é este foco. Não podemos vê-lo materialmente, senão em representações escritas, faladas, filmadas etc., mídia em geral, mas se olhamos para a Bíblia com outros olhos vemos perfeitamente a "imagem" não física, mas psicológica de um ser Divino! Alguém que deseja para aqueles que o aceitam o bem mais precioso para cada um: uma vida sem fim...! Estas, para mim, são provas sim, tão materiais como qualquer outra. O resto da discussão é que é perda de foco. Porque nós sabemos que o imaterial, ou seja, todo o conjunto de atitudes e sentimentos de Christo em relação a estes marginalizados da sociedade daquela época constitui algo "material", palpável, para muito além de qualquer prova material e física. De resto, amigo velho, falta-lhe a experiência própria no que eu já sou versado de há muito tempo, ou seja, na experiência de amor incondicional, amar a alguém mesmo que ele me odeie. Somos todos fracos, somos todos pecadores, ninguém é nada senão dependente de outro alguém. E se aqueles e aquelas de quem dependemos não estão dispostos a algum sacrifício para nos empurrar para cima, ou erguer-nos quando caímos, então: que esperança temos? Esperança no capitalismo? No comunismo? Esperança em governos humanos? Ninguém que não fosse sobre-humano poderia ter feito o que Ele fez, ninguém que não fosse divino poderia ter-nos dado exemplos tão fiéis, ter sido tão lúcido, inteligente ou verdadeiro. Ninguém é capaz disso. E Ele não existe. Não nessa matéria de que somos feitos. Existe sim em dimensões que não conhecemos senão por sentirmo-las, percebermo-las... É uma questão de percepção, psicológica, gestalt, insigth...
  109. Está certo.
  110. Um pouco, penso eu, um pouco desta discussão de se Christo é ou não é Deus, se o Santo Sudário é ou não verdadeiro etc. e todas as discussões em torno da compatibilidade entre ciência e religião são fruto na verdade não da fé, ou confiança neste poder que não tem limites no tempo físico, é sim fruto do quê? Do medo humano. Medo de ser enganado, ou simplesmente não querer emendar-se diante de uma ética e uma moral que exigem mudanças de comportamento, ou seja, uma cômoda situação de indiferença. Indiferença para consigo próprio, se se está em ótima situação social, ou mesmo, numa situação em que o prazer mórbido na prática de relações interpessoais torna as pessoas indiferentes a tudo. Ao sofrimento alheio, em primeiro plano, indiferença em relação aos outros, em geral, estejam em que condições estiverem, indiferença que gera padrões sociais que perpetuam a injustiça, as diferenças gritantes e desumanas em cada sociedade, ou em muitas, que perpetuam os roubos e furtos, as ciladas, as quadrilhas etc. Não julgo os Romanos. Deus é quem fez já isso a muitíssimo tempo.
  111. Está bem. Vossa Mercê venceu, no que diz respeito a mim mesmo. Não respondo por outras pessoas, mas por mim pessoalmente. Convenceu-me.
  112. Irmão, convido-o a passar um final de semana em nossa comunidade cristã da vila tal e tal, assim etc., para comermos ou compartilharmos em comunhão o pão e o vinho oferecidos por Christo a todos nós que cremos NEle. Faço isto com a amizade que sempre lhe devotei, sentimentos palpáveis e "materiais" que tanta falta fazem em nossos dias a muitíssimas gentes...
  113. Aceito. E futuramente convidá-lo-ei para almoçar e comungar conosco, em nossa casa.
  114. Fim do diálogo!
  115. Adeusinho!
  116. Até logo!

Passam-se meses e os amigos encontram-se novamente...

  1. Olá! Como vai irmão?
  2. Vou bem, mas desta vez quem está com dor nos joelhos sou eu...
  3. Infelizmente não posso ajudá-lo, pois médico não sou.
  4. Icht! Já tomei vários medicamentos nos últimos tempos, mas nada melhora. Estou com meus tecidos conjuntivos gastos e os ossos dos joelhos rangem entre si...
  5. Para isto não há remédio, meu caro... O mais que podemos fazer é ficar em repouso. Eu tenho repousado muito para evitar as dores...
  6. Como vão seus filhos, esposa, queridos e queridas?
  7. Todos bem. E os seus?
  8. Ah! A juventude! Ah, quem me dera eu fosse jovem hoje com a mente de minha idade! Tudo seria diferente...
  9. Tens razão.
  10. Ficaste completamente mudado depois que conversamos da última vez. Vejo-o muito pouco, mas soube que se integrou em uma comunidade evangélica! Que bom, fico feliz...
  11. Sim, mas tem sido uma dificuldade para mim cientista, pois eles são muito radicais, não aceitam certas coisas que nós que temos uma visão mais ampla da realidade podemos inferir dela e certas afirmações "científicas" não são aceitas por meus irmãos religiosos!
  12. É, eu como médico comungo em parte de Vossa preocupação! Este radicalismo é uma coisa natural do homem... É uma dificuldade que surge e para a qual não há remédio, como para as dores nos joelhos... Mas cite-me um exemplo de suas preocupações com este problema e eu como médico o ajudarei a resolver isto.
  13. Ora, você como médico não tem como me ajudar, meus joelhos doem por que estão "gastos"...
  14. Não me refiro aos joelhos...
  15. Ah! Sim!
  16. Então?
  17. Sinto que os religiosos não aceitam a ciência por puro preconceito.
  18. Será puro preconceito apenas?
  19. Sim, não é puro preconceito apenas. É algo inconsciente.
  20. Tens razão. Já compreendi o mote.
  21. Este inconsciente é que condena nossa ciência como se fosse uma feitiçaria, como se ela, a sabedoria que vem da ciência comum, da ciência em seu mais alto grau de conhecimento, fosse obra de um espírito mau.
  22. Bom, isto é culpa de uma ética científica que pretende ser neutra, ou amoral, sem moral, ou aética, sem ética. Para que os cientistas obtivessem o apoio dos religiosos seria necessária a admissão de alguma ética científica!...
  23. Não são todos e apenas cientistas quem se julga, ou quem age sem ética!... Não podemos generalizar.
  24. Pense então na bomba A!
  25. Sim, eu concordo. Porém, se não houver algum progresso na ciência as sociedades evoluiriam para melhor?
  26. Nós, ambos sabemos que o que o homem inconsciente quer é o poder!
  27. Sim, e a bomba A deu poder a alguém? Respondo: deu!
  28. Então, uma ética teria impedido que a tal bomba viesse a ser construída.
  29. Mas que vantagem teríamos obtido se ela não tivesse sido construída? Se era necessária ou não, se ela era dispensável ou não, não importa tanto. O que importa é que a ciência não teria então provado o seu próprio poder.
  30. Então a ciência é um meio de obter poder apenas? E já imaginou se este poder cai em más mãos?
  31. É óbvio!
  32. Então, nós religiosos temos a razão, ela não deveria ter sido construída jamais.
  33. E a ciência seria ignorada completamente hoje em dia!
  34. Digo-lhe, esta ciência é perigosa.
  35. Não tanto.
  36. Como assim?
  37. Sim, afirmo-lhe, os cientistas são na maioria amorais, sem ética, buscam o poder pelo poder, o prazer em se sentirem importantes para a tal ciência ou para a comunidade científica de que fazem parte. As honras humanas ali colocadas à disposição dos descobridores são muitas e esta ambição é que os move, é a ambição, não apenas econômica ou financeira, mas a honra e a Glória disponíveis para eles mesmos...
  38. Então?
  39. Porém, há os cientistas que trabalham em outro sentido...
  40. Como assim?
  41. Há cientistas inteligentíssimos que trabalham não apenas por esta Glória passageira, como passageira é a vida.
  42. Será?
  43. Sim. Há um certo amor pela sabedoria que vem da ciência e estes são os mais aptos, quiçá, a se tornarem cristãos...
  44. Por quê?
  45. Por que vejo neles esta humildade que havia em o próprio Christo!
  46. Amor pela sabedoria? Então não é amor por Deus!
  47. Preste atenção! Se a Bíblia afirma que quem Criou tudo foi Deus, e que com Ele estava a sabedoria desde o princípio, se a Bíblia afirma que tudo o que existe é obra de um ser inteligentíssimo, sábio e poderoso, então o que tem a ciência humana a ver com isso?
  48. A ciência a meu ver é um modo humano de conseguir poder!
  49. Porém, eu lhe pergunto então, de onde provém este poder?
  50. Ora do Criador! Ele criou tudo!
  51. Bom, se o Criador deixou-nos este poder à disposição de qualquer um que seja inteligente, então porque não podemos dispor dele para nós mesmos?
  52. Afirmo-lhe duas coisas: o poder está sim disponível e isto estava nos planos de Nosso Senhor! Tanto que se afirma no Genesis que o homem deveria dominar tudo à sua volta!...
  53. E que outra conclusão?
  54. A segunda coisa que afirmo é que este poder depende de quem o adquire! Se for alguém com consciência, não alguém inconsciente, então as coisas vão bem! Tanto no sentido Freudiano, como no sentido Paulino. Ego e Superego juntos num mesmo dirigir a este alguém...
  55. Concordo! Porém, mesmo os inconscientes são capazes, já sabemos disso, de serem abençoados com descobertas fabulosas. E eles nascem então, em nações diversas, professam diversas religiões e eu então me pergunto, por que o Senhor Deus abençoaria a eles sabendo do perigo que isto significa?
  56. Penso que Deus, nos céus, abençoa a todos. Não quer Ele que ninguém seja fraco, especialmente se coloca ao lado dos mais fracos. Quer ele que a ciência e a sabedoria humanas atinjam em benefícios, e não em guerras, a todos os homens e mulheres da terra.
  57. Sim. Concordo. Porém há algo que não me respondeste ou que não lhe perguntei.
  58. O quê?
  59. Por que esta rejeição da ciência por parte dos religiosos?
  60. Ora já fiz a afirmação correta. É que são aéticos!
  61. Não generalize novamente. Não somos aéticos. Pelo menos não todos nós.
  62. Então porque os instrumentos de guerra vêm em primeiro plano? Por que não tornar a ciência uma ferramenta que transforme nosso mundo, isto é, que seja usada para o bem, isto é, para a produção de bens e alimentos, por exemplo, em um mundo tão cheio de desigualdades, tão cheio de fome e tão cheio de ódios mortais?
  63. Acontece que mesmo os que detêm o poder não admitem os métodos científicos. Assim como os religiosos, as pessoas comuns que nada entendem de ciência não aceitam este poder que vem da ciência, e não aceitam os métodos científicos, a não ser que sejam diretamente por eles beneficiadas...
  64. Como assim?
  65. Se o poder fosse dos cientistas o que ocorreria no mundo?
  66. Não sei.
  67. As soluções políticas não seriam mais adotadas. Refiro-me àquelas em que o convencimento e a persuasão políticas seriam abandonadas. O que quero dizer é que o que os políticos fazem é agradar ao povo. Mesmo sabendo que isto levará nações inteiras ao descalabro, ao atraso, a guerras, a decisões erradas, por mais baratas que sejam!...
  68. Eu Vos pergunto: a política não é uma ciência? De certa maneira é!
  69. Sim, é a ciência de como convencer, ou persuadir os outros a que se faça a vontade do político em questão! Não o contrário, ou seja, o que deveria ser feito, o necessário, o que representa a maior necessidade da nação ou povo em questão!
  70. E o que os cientistas teriam a oferecer neste sentido?
  71. Façamos a suposição de que em primeiro lugar a ciência começasse a ser aceita ou que as verdades por ela descobertas fossem aceitas como parte da Vontade de Nosso Senhor para o conhecimento do próprio homem (aqui me refiro ao homem como espécie...).
  72. Sim.
  73. Então, se os religiosos aceitassem a ciência como algo que não só é verdadeiro e que é parte do "presente" da Vida para o homem, para a humanidade, que este poder gera não só armas, mas também benefícios a todos, então as coisas começariam a mudar. Principalmente se parte da educação religiosa, de meninos e meninas, levasse em consideração a ciência como parte da religião, parte necessária, que demonstre como o Senhor previu tudo, que tudo o que existe em termos de ciência é necessário para suas vidas, é como se fosse um presente divino para todos nós.
  74. Eu concordo plenamente! Porém a ciência deveria ter também uma recíproca: - que os conhecimentos científicos levassem em consideração a nossa religião como parte da ciência, parte necessária, especialmente no que diz respeito à ética que é proposta por Jesus Christo e também aos sentimentos e valorização do outro, do semelhante que nossa religião prega!
  75. Concordo!
  76. Estou convencido! Vossa Excelência sabe que sou médico e que minha visão abrange não só a Religião Cristã, mas também a Medicina, a Psicologia, a Psiquiatria etc. Neste sentido não sou resistente à ciência. Pelo contrário, sou favorável a ela. O próprio Jesus era Médico por excelência! E curava. E abençoava! Sentimentos que levavam as pessoas ao seu redor a mudarem de comportamento, em atitudes menos hostis para com seus semelhantes!
  77. Concordo!
  78. Vamos almoçar?
  79. Sim, aceito, mas em minha casa! Minha esposa está a fazer um bom arroz de forno à portuguesa e espero que Vossa Excelência aprecie!
  80. Está bem.

Mensagens Subliminares

Introdução


 

Aprender sobre o que são as mensagens subliminares, descobrir se elas realmente têm a capacidade de modificar nossa opinião sobre determinado produto, crença, comida etc.; saber identificá-las e evitá-las para não ser uma vítima e conscientizar as pessoas em geral a respeito do assunto é meu objetivo com este pequeno texto.

Começamos fazendo uma pequena reflexão sobre nossa realidade e o que é aprender.

Na vida humana, que começa com um nascimento, um crescimento um desenvolvimento, passa pela idade adulta, até se chegar na velhice, os seres humanos (transitórios e mortais ou eternos – almas eternas), sejam homens ou mulheres, crianças ou velhos, enxergam as coisas com os olhos! Certo?

Em parte. Quem enxerga, na realidade é o cérrebro. Como veremos adiante, é por este motivo que as mensagens subliminares funcionam em parte.

Podemos enxergar uma figura, até mesmo completá-la (gestalt), quando está incompleta, como nas estátuas que vemos nas fotografias sobre a Roma antiga, ou sobre a Grécia, quando lhes faltam as mãos ou a cabeça.

Porém é nosso julgamento sobre estas figuras que importa. Não importa se lhes completamos a figura corretamente ou perfeitamente, mas nosso julgamento sobre a figura em si.

Como julgamento, o que realmente importa, veremos que nossos julgamentos é que decidirão se uma mensagem subliminar nos afetará ou não!

O que importa é se, vendo a figura que completamos, sentimos felicidade ou tristeza, ou ainda alguma necessidade que tenhamos e que venha a aflorar neste momento.

Porém, vão dizer, felicidade out risteza são apenas momentos.

Realmente são momentos e passamos o restante do tempo ltentando compeltar a figura.

Isto dá trabalho para a mente e o cérebro! É na realidade algo fácil, mas trabalhoso.

Aprender, apreender os significados das coisas, é fácil, mas na realidade, sentir ou felicidade por ter aprendido algo com o que nos desiludimos, algo a respeito da natureza humana, por exemplo.

Nós somos animais... Somos inteligentes, pois usamos a razão... Somos homens e mulheres, rapazes e moças, meninos e meninas, crianças…

Temos que aprender algo sobre mensagens subliminares. Isto é um começo.


 


 

O que são as mensagens subliminares.


 

Primeiro conceituemos o que significa subliminar: subliminar está ligado ao conceito de limiar de percepção, ou seja, abaixo do limiar da percepção humana. Seja em imagens muito rápidas, seja em sons, com freqüências abaixo ou acima do normal, seja em imagens fixas, que utilizam-se do conceito de gestalt (completar a figura) etc....

Estas percepções são percepções auditivas, visuais, e também psiciológicas, como nas letras das músicas, em que idéias são inseridas, sem que as percebamos, usando para isso de malícias sutis, quase que imperceptíveis a ouvintes e leitores desatentos.

Esta é a definição. Onde é utilizada? Em propagandas, filmes, músicas, revistas, jornais, programas televisivos etc....

Na realidade são processos inconscientes que são deflagrados através de um sinal que não é prontamente percebido pela consciência da pessoa ou pessoas alvo! Por quê? Por que é muito rápido, disfarçado, emaranhado, no contexto todo.

Qual o objetivo de quem produz a mensagem subliminar? Obter do ouvinte ou assistente, ou leitor algum benefício em prol de si mesmo ou de para quem trabalha. Ou seja, produzir mais vendas, conseguir votos, conseguir prosélitos (seguidores religiosos)!

Todas as mensagens subliminares têm um significante e um significado. O significante pode ser uma imagem de caráter sexual, com uma frase depois dela dizendo para comprar, votar ou seguir este ou aquele líder religioso, ou esta ou aquela crença religiosa.

Todas as mensagens subliminares dependem de sentidos perfeitos, audição, visão e inteligências normais...

Dependem também de certos conhecimentos ou de que os ouvintes ou assistentes não tenham problemas com estes sentidos (daltonismo etc....).

Dependem também do conhecimento prévio da pessoa que assiste ou ouve.

Segunda a teoria americana as mensagens subliminares querem ter o poder sobre você! É isso verdade?

Sim. Querem. Mas é verdade que têm o poder sobre nós?

Em parte.

Por quê?

Por que dependem de três fatores básicos e uma porcentagem.

Os fatores são:

  1. Se você tem ou não condições de fazer o que a mensagem ordena ou pede!
  2. Se você está de acordo, isto é, não for a mensagem subliminar contrária aos seus princípios ou crenças, ou convicções!
  3. Houver ainda que inconscientemente, motivos razões, necessidades para que você as realize.

    A porcentagem: depende de quantas pessoas numa população normal estará nestas condições perfeitas para admitir e obedecer às mensagens subliminares...


     

    Por que as mensagens subliminares atingem as pessoas, influenciando-as?

    Se isto tudo não é consciente, é subconsciente, não é mesmo? Então, o que é subconsciente?

    Subconsciente na realidade não é um conceito válido. Não existe este conceito em ciência nenhuma. É uma maneira usual, corriqueira de referirmo-nos a um conceito utilizado em Análise Freudiana, chamado por ele de Instinctual Drivesm ou ID, ou ainda, inconsciente.

    Para Sigmund Freud (Segundo a Bibliografia aqui sugerida: obras completas de Sigmund Freud), a mente humana é subdividida – se é que assim podemos dizer – em algumas partes inter-relacionadas e importantíssimas: consciente, pré-consciente, inconsciente, super-ego.

    O que importa em nosso trabalho é compreender o que significa consciência e o que quer dizer inconsciente.

    Pergunto: o que é consciente? O que é consciência? Você agora está com esta pergunta na cabeça, tentando respondê-la... Se lhe fizer outra pergunta: - o que é inconsciente? Então você substyituirá na sua cuca a primeira pergunta por esta segunda pergunta e seu pensamento momentaneamente estará ocupado com ela...

    Isto é consciência! É aquilo que ocupa seu pensamento momentaneamente. O consciente é a porta de entrada e saída para todas as coisas racionais, palavras, imagens, sons etc., sobre os quais voc~e raciocina e responde a estímulos ou com atitudes ou coma atos propriamente ditos... Seja comprando, falando, votando, crendo etc. etc. etc. ...

    Sua consciência tem o papel de fazer as ligações entre idéias diferentes mas intgerligadas ou pela necessidade, ou pelo interesse, ou pela lógica, ou pelos sentimentos a elas ligados naturalmente.

    É n este caso, porta de entrada.

    Porta de saída, quando sem refletir muito, ou refletindo pausadamente e ponderadamente, você decide isto ou aquilo.

    Porém, e o que é mesmo o inconsciente?

    Inconsciente é ou são todos os processos químicos, biológicos, fisiológicos, elétricos (bioelétricos), psicológicos e tudo o que se relaciona com o funcionamento de seu corpo que você não percebe, mas que está ali, funcionando perfeitamente. Por exemplo: o coração bate, o cérebro comanda o coração enviando estímulos elétricos compassados, ou através de substâncias bioquímicas, sinais nervosos, e assim por diante. O fígado faz a sua função, o sangue corre pelas veias e artérias, as células consomem energia, transformando o alimento e o oxigênio em substâncias necessárias ao seu funcionamento e construção. Seu inconsciente serve para fazer você viver a partir de coisas elementares, como água, oxigênio ou coisas mais elaboradas, como açúcares, proteínas e gorduras...

    Mas o inconsciente tem também outras características: as psíquicas...! O inconsciente é tudo aquilo que você sente, sentiu, seus sonhos (traumas), suas lembranças, felizes ou não, seus motivos, o que voc~e aprendeu, leu, viu, sentiu a respeito de cada coisa em sua vida. Está ali, guardado a sete chaves sem você saber, ou lembrar conscientemente. Estas coisas estão ligadas umas às outras, dentro de seu cérebro, como um fio de linha em que estão de espaço em espaço, ligadas as idéias pela correlação, sentimento, significado, importência, imagem e formam todo o arcab ouço de suas memórias...

    E a sua consciência é o seu pensamento momentâneo, aquilo lque ocupa momentaneamente o seu pensamento, o seu cérebro.

    O que tem tudo isso a ver com mensagens subliminares?

    Já lhe digo.

    Comecemos. O inconsciente é tido por algumas pessoas como algo muitíssimo poderopso, capaz de fazer você adoecer e até mesmo morrer.

    Por esse motivo, pelo menos em teoria, as mensagens subliminares, que têm acesso ao seu inconsciente facilmente, que são por ele percebidas, passando por cima de sua consciência, sutilmente, sem que você perceba e possa decidir alguma coisa, teriam poder de dominá-lo e influenciá-lo a fazer o que não desejaria em outras situações, conscientemente.

    Porém, para que uma mensagem dessas se realize ela precisa passar por cima de outras coisas, de sua fé, por exemplo. De suas condições financeiras, de suas crenças, princípios, de sua consciência, aqui entendida como tudo aquilo que você acredita ser verdade.

    É verdade que as crianças, que não têm um filtro adequado para separar o que é bom ou verdadeiro ou correto do que é ruim, falso ou incorreto, são susceptíveis às mensagens subliminares...

    E os jovens, que ainda não completaram a formação de suas personalidades, dependendo de sua origem sócio-econômica e cultural, sua religião, sua família, as crenças etc., que são passadas de pai para filhos, também são parcialmente susceptíveis a estas mensagens.

    Em conslusão, estas mensagens dependem de vários fatores, como idade, condições sócio-culturais, educacionais, econômicas, religião, valores das pessoas a elas expostas, etc. Não são 100% certos os seus resultados, mas são um perigo quando se trata de crianças e adolescentes ...


     

    Novas idéias


     

    Sigmund Freud estudou a mente humana com cuidado e descobriu não só o poder do inconsciente, mas também o poder da consciência. O inconsciente de uma pessoa é capaz de adoecê-la a ponto de que ela própria se suicide. Mas a consciência tem o poder de curar uma pessoa. Para que as mensagens subliminares pudessem ter algum efeito, ainda que duvidoso, pois dependem das crenças, religião, valores, ética etc., de uma pessoa, precisariam ser imperceptíveis pela consciência, isto é, passar por sobre a consciência, entrando diretamente no inconsciente e assim realizar lá todo o trabalho de ligação de idéias, conclusões a serem tiradas, etc.

    Este trabalho pertence ao inconsciente da pessoa alvo.

    Vou exemplificar:

    Para que um debate político tivesse efeitos adicionais com mensagens subliminares, seria necessário que:

    1. Em primeiro lugar a rede de televisão que levasse ao ar tal programa tivesse dinteresse em este ou aquele candidato.
    2. Em segundo lugar, teria que passar, este rede de televisão, por sobre toda a legislação, que certamente ainda não existe, e lançar mensagens subliminares instantaneamente produzidas conforme o debate fosse se desenrolando...
    3. Estas mensagens deveriam ser levadas ao público, sem que este percebesse através da visão ou audição, passando em flashes rapidíssimos ou em sons de freqüência diferente e imperceptível a ouvidos atentos, mas não a ouvidos ou olhos do inconsciente das pessoas!
    4. Seria necessário que a verdade dos fatos apresentados pelos candidatos viesse à tona através das mensagens subliminares, a fim de que os eleitores, através de suas consciências, então, pudessem decidir perfeitamente sobre eles (os candidatos).
    5. Para que estas mensagens tivessem efeito dobrado ou aumentado, seriam necessárias poucas coisas do conh4ecimento que nós temos de Sigmund Freud.
    6. O primeiro: fazer ligações entre idéias ou fatos ou sentimentos contíguos e interligados pela lógica do momento em que há o debate.
    7. O segundo: que estes "sentimentos" pudessem aflorar, conforme a posição ou situação sócio-econômica, cultural, religiosa etc., do eleitor ouvinte ou assistente, telespectador.

    Penso eu que deveriam ser proibidas mensagens subliminares, pois desta forma aqui descrita seriam perigosas armas a serem usadas indiscriminadamente sobre pessoas inocentes, que trabalham, lutam uma vida inteira e não são geralmente ouvidas em suas dificuldades, o que para políticos, governos e empresas gigantescas e com grande poder econômico não seria difícil de obter, assim, resultados esperados, o que faria com que a injustiça prevalecesse, que as coisas não fossem mais democr[áticas, como deveriam ser.

    O uso do inconsciente coletivo (conceito que também pode ser utilizado na formação de mensagens subliminares – ligação de idéias ou sentimentos uns com os outros, segundo as teorias de Jung, é perigoso, podendo levar nações inteiras ao descalabro, por colocar em postos de comando da nação pessoas sem escrúpulos e interessadas apenas no lucro, no poder por ele próprio, doq eu no vbem da nação e no interesse das populações, sejam elas pobres ou ricas.

    O uso deste tipo de arma é na realidade um uso antiético.

    DUAS RESSALVAS:

    Há uma coisa chamada consciência, a qual teria que ser suplantada, o que é muitíssimo difícil.

    Há os valores éticos e morais, averdade sobre os fatos e as pessoas, algo que nunca poderá ser ignorado! Não adianta falar bem de um ladrão! Ele sempre será um ladrão! Mesmo mensagens subliminares não terão o poder de destruir a verdade!

    O uso positivo das mensagens subliminares:

    Mensagens subliminares, conforme o aqui descrito, poderiam ser utilizadas por governos para melhorar a vida das populações, e aí seria um uso lícito, aprovado em lei, regulamentado...

    De que forma?

    Simples, mensagens como:

    1. Poupe que a vida melhora.
    2. Poupe água.
    3. Cidadão limpo é cidadão consciente.
    4. Escove os dentes três ou quatro vezes ao dia.
    5. Etc.

    Estas mensagens poderiam melhorar a vida das pessoas, e muitas outras mensagens, que poderiam ser utilizadas para reciclar lixo, separar materiais recicláveis, coisas que não se consegue convencer o público de outras maneiras.

    Também poderiam melhorar a saúde bucal das pessoas.

    Poderiam ajudar a economizar recursos naturais, dinheiro, poupança interna.

    Melhorariam as condições de higiene das pessoas em geral.

    Porém, ações como estas, não deveriam e não poderiam estar separadas de ações públicas com o dinheiro do erário, como promover, por exemplo, a saúde bucal sem investir em medicina bucal. Ou querer que as pessoas reciclem materiais, ou separem o lixo, sem fornecer-lhes meios para tal, tais como recipientes adequados, latas de lixo com cores diferentes, etc. Também não adianta nada incentivar as pessoas a pouparem dinheiro se se colocam impostos sobre a poupança.

    Poupança tem que ser livre de impostos.

    Aí a consciência das pessoas acabaria por se rebelar contra s mensagens subliminares, o que é "um tiro no pé"!

    As mensagens subliminares podem ser usadas para qualquer fim. Dependendo do fim, pode-se considerá-las meios lícitos ou ilícitos, éticos ou antiéticos!

    Para que elas dêem certo, é preciso comprometimento de recursos públicos a serem investidos de alguma forma, para terem o retorno desejado.

    Outro exemplo de uso lícito e desejável das mensagens subliminares está no combate à violência em lugares onde ela é mais comum. Nos locais do Rio de Janeiro e São Paulo, além de outras grandes cidades, onde há muita violência, no Nordeste, em favelas e lugares pobres onde há muitos assassinatos e violência contra mulheres e crianças, nestes locais, até mesmo, diga-se de passagem em prisões e abrigos para adolescentes infratores, onde a violência reina, em todos estes lugares sempre há uma televisão disponível, onde quer que seja ... Seria um meio de "tratar" a psicopatia dos violentos e torná-los aos poucos pessoas com certo "caráter melhorado"! Programas especiais nestes locais, veiculados especialmente e dirigidos especialmente para infratores poderiam ser "testados" para verificar se há resultado ou não! Tudo dependerá, na realidade, da experiência e do aprendizado.

    Poderíamos relacionar esta teoria Freudiana ou Jungiana das mensagens subliminares com outras linhas de pensamento, sejam elas Skinnerianas (reforço), ou seja behavioristas, ou ainda outras linhas de pensamento. Tudo depende da análise, e como seria algo que se refere a grandes quantidades de pessoas, os assuntos ou mesmo as mensagens deveriam ter um caráter geral, válido para qualquer pessoa que fosse atingida por elas. Teria que ter um caráter de terapia muito próxima da terapia grupal, mas com apenas um sentido, isto é, sentido de entrada no inconsciente coletivo. Uma terapia para a sociedade.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Filosofia do Criador da Strings Theory

 

2010

 

[Digite o nome da empresa]


 

Moacir


 


 

[Sobre diversos assuntos]

Sobre filosofia


 

Sobre Hegel.

Ijuí, RS, quinta-feira, 27 de março de 2008. São 00h18min.


 

  1. Diz-se que todo o filósofo que produza pensamentos de boa qualidade tem que conceituar para expressar seu modo de pensar. Que na filosofia não há espaço para opiniões.
  2. Tenho um curto comentário a respeito disto. Hegel transforma tudo em conceitos. Até suas opiniões pessoais, como se foram verdades absolutas e cai em erros comuns, por conceituar o que deveria ser expresso como opinião apenas.
  3. Palavras são poder. Elas têm o poder de nos encantar, desmanchar (tirar as manchas, desfazer) as nossas dúvidas, dando-nos certezas, podem nos divertir, podem nos dar o poder de seu conhecimento ou podem mesmo nos destruir interiormente.
  4. Hegel usa as palavras muito bem, tenta construir com elas um conhecimento, através de conceitos, não tão simples assim, analisa ele a subjetividade dos caráteres, e nele, uma simples palavra modifica todo o sentido do que estava falando, tornando sua conversa com o leitor ora um tanto obnubilada, ora clara e límpida como as águas dos nossos ribeirões intocados... Ou como o sol nascente, no qual podemos fixar os olhos sem cegarmo-nos.
  5. Hegel é maravilhoso quando fala de Cristo, sua análise é profunda e ainda não li Spinoza, para ter uma idéia comparativa.
  6. Não sei, na realidade, se Hegel era cristão, mas gosto sim da análise que fez do cristianismo.
  7. Quanto ao que li até agora, sua análise da arte em geral, ele pretende ser realista puramente. Prefere ele o realismo à fantasia.

Arte

  1. Minha opinião sobre arte já é conhecida.
  2. Porém preciso fazer eu próprio uma análise da arte, até onde a conheço, nos dias atuais.
  3. Qualquer coisa que seja feita com tintas, madeira, bronze, metais, mármore ou mesmo pedras pode ser entendido como arte para nossos contemporâneos.
  4. Qualquer coisa que se faça com uma câmera fotográfica, de filmagens, ou com instrumentos musicais é tomada como arte pelos mesmos.
  5. Minha idéia de arte vai além do "qualquer coisa".
  6. Minha idéia de arte não é puramente filosófica, não pretendo conceituar, a não ser que eu tenha certeza de que meu pensamento esteja correto, de alguma maneira ou de outra, ou seja, se eu tiver a certeza, pela lógica estabelecida, de que meu pensamento é correto, ainda que sofra críticas, então direi: - isto é um conceito.
  7. Estudei arte sozinho; lendo e vendo as opiniões e conceitos e de tudo o que já li até hoje sobre este assunto, e de tudo o que vi, formei uma opinião sincera, a qual está baseada no pouco que sei.
  8. Se esta opinião sincera puder se tornar um conceito, aí será diferente...
  9. Em primeiro lugar a arte pode representar a nossa realidade, é o que chamamos de realismo. O realismo não leva em consideração senão a realidade que tenta retratar. Deveria ser informativo, isto é, deveria retratar a realidade sem estabelecer críticas a ela, mostrando, cortando e analisando. É como se o artista dissesse aqui tem uma ferida (geralmente o que se analisa nestas obras é a própria realidade social em que vivemos), ela é assim ou assado.
  10. Mas como estamos sujeitos a uma dialética, e a uma crítica severa a esta sociedade, então as visões retratam a sociedade sempre muito cruelmente, como que dizendo: - o inferno é que é o céu...
  11. Estamos na busca pela liberdade, falam os artistas (cineastas, pintores, músicos, poetas, escritores, escultores etc.), produzindo obras que retratam seus sonhos de liberdade. Querem expressar seus sentimentos, seus valores morais e éticos, sua estética e está esta estética, esta ética, esta moral ligada a esta mesma realidade.
  12. Na sua análise, então, através da arte, que fazem desta realidade não se colocam à distância desta realidade, mas dentro dela. Não têm, então, o poder de recortá-la, dissecá-la, de descobrir suas feridas e lhes propor uma cura. Porque estão impregnados dela, da sua parcialidade, da sua dependência.
  13. Por que se fossem dissecá-la precisariam dissecar a si próprios...
  14. Minha idéia de arte é a da originalidade. Todo mundo busca a originalidade, dirão alguns, isto é corrente e conhecido até para o público.
  15. Minha idéia de arte é a do infinito, como o céu à noite. Vejo o Cruzeiro do Sul como uma jóia feita de diamantes de fogo... Uma jóia valiosa e que pertence a quem conseguir olhá-la como tal... Pertence a quem, pensando em arte, não precisa de uma filmadora para nela ver a beleza nascida por si mesma, da natureza, ou de Deus.
  16. Prefiro a arte que defende idéias, sejam elas simples, ou mais elaboradas, idéias já estabelecidas, a que valha sempre recordar ou recorrer, ou mesmo inovadoras e originais. Por isto falo do infinito. Por que as idéias inovadoras ou originais, ou surpreendentes, ainda que pura fantasia, estas são como o infinito, não têm fim, vem de uma inspiração divina, para mim certamente divina, e não se ligam à realidade como vistas de dentro dela, mas vista como quem olha o diamante, seja ele de fogo ou não, por alguma de suas facetas delicadamente lapidada ou ainda bruto, veja nele as possibilidades de lapidação possíveis.
  17. Porém, não é qualquer um que pode saber como lapidar um diamante bruto. Nossas realidades, assim postas, como nos vêm aos olhos e ouvidos, e sentidos, são como estes diamantes brutos. Se ficarmos retratando-as como quem as vê de dentro, perdemos a possibilidade de retratando-as distanciadamente perceber o quão belas ou perfeitas poderiam ser. Por isto, para podermos perceber as possibilidades de lapidação, precisaríamos ter conhecimento de como se lapida uma pedra como esta, seja ela de fogo ou não. E há coisas que só Deus pode nos inspirar, pois só ele é o lapidador perfeito.
  18. Minha idéia de arte está no que é velho, naquilo que é tradição popular, uma beleza universal que nasce do meio do povo que é simples e que qualquer mente, seja ela esclarecida ou não, pensa ser belo, agrada, digamos assim, a qualquer um, por isto mesmo universal. É que aquilo que realmente é original é universal. E o que é original ou universal está conforme certas leis de percepção da beleza que valem para todos os seres humanos.
  19. Minha idéia de arte está no que é novo, inusitado, não no que é insólito, quando este novo representa uma evolução daquilo que já é estabelecido, ainda segundo as leis de percepção da beleza que são universais, ou quando inusitado seja conforme estas leis.
  20. Tanto o novo como o tradicional são belos. Porém a beleza e a perfeição são oferecidas aos nossos sentidos em conformidade com referenciais próprios de cada obra em si mesma, e não constituem exceção para ninguém, pois desde os homens ou as mulheres mais simples até os homens ou mulheres mais esclarecidos perceberão nestas obras humanas a sua beleza.
  21. Portanto, para mim, o belo está no que é universal. E o universal tem regras próprias.
  22. O universal pode surgir em qualquer lugar, época, nos mais diversos referenciais, em qualquer cultura, nas realidades mais cruéis, ou mesmo nas mais suaves.
  23. O universal pode surgir como belo simplesmente, trágico e até mesmo como comédia. A sua beleza independe de quem esteja retratando ou produzindo esta beleza. Depende unicamente de se este que a produz esteja distanciado da realidade o suficiente e de se este mesmo artista tenha a habilidade necessária para produzi-la.
  24. Há nas coisas originais, certa inocência, necessária, certa pureza, princípios, grandeza de alma, ainda que esteja esta alma sofrendo algum distúrbio, uma superação...
  25. Parece-me também que o universal é produzido por pessoas que têm limites e que conseguem ultrapassar estes limites num esforço pessoal ou inspiração que vêm de Deus.
  26. Quanto às idéias, as mais belas idéias são aquelas reforçadas pela necessidade da época em que vive o artista, isto é, são aquelas idéias que fazem falta naquele momento. Elas surgem então para suprir uma necessidade, e depois que forem estabelecidas como idéias, passarão a constituir um legado para gerações posteriores.
  27. Isto não acontece sem um contexto. Não podemos avaliar a beleza inata de uma idéia sem conhecermos, aqui sim, o retrato fiel da realidade da época em que foi formulada, do lugar, da situação em que estavam os personagens nela envolvidos etc...
  28. Por exemplo, se eu perguntar a alguém se existem gênios, sejam eles do bem ou do mal, que resposta terei? Depende das crenças de cada um, não conceituo aqui, pois para cada um há uma crença diferente. Para mim, estes espíritos existem. Alguns são bons, outros maus. Uns inspiram-nos, outros querem nosso fracasso. Porém, o maior e mais poderoso dos Espíritos, o Espírito Divino, o próprio Deus é que pode nos dar solução à influência destes gênios, quando são do mal, e querem nos influenciar a fracassar e falir.
  29. Por isto, para mim, a arte, toda ela, deveria, ainda que fantasia, ou mesmo a realidade, estar ligada a Deus, sua inspiração e tudo o que vem DEle, pois DEle podemos esperar água limpa e potável, como que de uma fonte eterna e inextinguível.
  30. Obrigado Senhor Jesus, por que sei que Tu nos ama. Amém.
  31. Há uma visão geral a respeito das artes de que, opinião expressa e reconhecida como conceito, de que a escultura é uma arte em três dimensões, a pintura em duas, a prosa e a poesia representam apenas um retrato ou tem, digamos duas dimensões no máximo, e assim a música: uma.
  32. O que tenho a dizer a respeito? Quem é inteligente já sabe que vou quebrar este conceito. Por quê?
  33. Por que todas as artes existem e se fazem presentes em nossas vidas em 7 dimensões (as que eu estudei no meu trabalho sobre física...) OU MAIS. Senão, vejamos:
  34. A escultura é uma representação em três dimensões. "O PENSADOR", obra importante de Rodin. Esta obra representa um homem pensando. Ora, o pensamento é um produto da consciência, e consciência é um ato momentâneo. Ela ora está ligada a uma coisa, ora a outra. Ela se dá no tempo. O retrato de O pensador, se dá em um breve momento (o artista deve ter levado muito tempo planejando, modificando os planos da obra, desenhando e redesenhando, até achar que ela ficou bem desenhada e só então partir para a escultura propriamente dita).
  35. Mas não me refiro a confecção da obra e sim dela própria em si. Ela representa um brevíssimo momento para a pessoa retratada, mas cujo modelo deve ter sentido dores por estar fixado naquele momento.
  36. Sem querer ela representa um aspecto do tempo. No Universo tudo é: TEMPO.
  37. O mesmo acontece com a pintura. Ou a poesia e a prosa.
  38. Estas duas últimas representam já: o tempo, em si mesmas. Uma poesia é o decorrer de uma percepção que se dá em determinado tempo. Percepções se dão no tempo. Idéias se dão no tempo. Não é possível descrever percepções sucessivas ou idéias diversas se não houvesse a possibilidade de registrar o tempo. São, como poderíamos dizer, fósseis lindos e maravilhosos.
  39. E como tempo, há sempre obras, esculturas, pinturas, poesias, músicas, prosas que são "eternas". "Sempre-vivas", a elas poderemos recorrer, a qualquer momento e não perderemos a oportunidade de verificar a sua atualidade.
  40. E a música, tem características espaciais? Sim!
  41. Basta ouvir para perceber que a música é uma arte dodecadimensional também.
  42. Aí vai da sensibilidade musical de cada um...
  43. E de volta ao tema beleza. Como dizer: da primeira vez que vi o filme não percebi certas coisas. Agora que o vi de novo percebo certas nuances que não percebera anteriormente. Assim se dá com um quadro, com uma música, com uma escultura etc...
  44. A beleza e a percepção dela se dão também no tempo. Demora um pouco...
  45. Na arte existe, é óbvio, o que é humilde, e o que é grandioso. O singelo e simples e o complexo e estruturado.
  46. Nós humanos somos o quê? Somos arte. Arte de nós próprios, arte máxima de Deus, arte dos outros ou "do outro", fazemos de nós mesmos obras de arte, algumas toscas, outras maravilhosas e somos produto de uma arte que não é mecânica, ou química, ou simplesmente biológica. Somos a arte do espírito, somos arte por que somos produto de nossas próprias ações e vontades. Nós somos arte. Ou: NÓS SOMOS A ARTE! A arte, assim vista, é um reflexo de nossas naturezas. Somos o motivo e o fim da arte em nós próprios... Mas há também aquela arte cujo fim é Deus, o artista primordial. Esta pode ser a arte, entre todas a mais bela, pois se destina a "religar", restaurar nossos seres tão limitados, ainda que arte, tão "doentes" a uma arte mais profícua e profunda que é a cura. Esta cura do espírito se dá em termos de humildade, de superação, de sujeição, e não como agentes. Somos, neste caso da cura, obra de arte de Nosso Senhor e não de nós próprios. Mas ainda somos, neste caso, o fim da arte, através do Amor, pois este é direcionado a nós mesmos...
  47. O próprio sentimento de amor é uma arte. Tudo o que se dê no tempo é uma arte. A Arte, por excelência, de falar o que é apropriado no momento certo. Maçãs de ouro em salvas de prata. Pérolas raras... Diamantes no céu, feitos de energia nuclear, é uma arte complexa, mas ainda assim um conceito...
  48. Toda arte envolve um conceito. Todo amor envolve um conceito. Toda compreensão envolve um conceito. A arte de pensar corretamente. A arte de raciocinar corretamente. Tudo é arte. Pela "arte" de gente grande que nossos pais fizeram é que nascemos... Pela arte e para a arte nascemos... Ela é em si própria o começo e o fim. E o artista é Deus...
  49. Tudo na natureza, seja ela física ou não, pode ser representado através da arte. E às vezes os conceitos são tão complexos que para representar é necessário o auxílio de computadores para ficar perfeito...
  50. Toda a natureza é obra de arte. Até o mal pode ser representado na arte, como, digamos assim, um momento, um "side", lado cruel da realidade...
  51. A arte é sentimento, sim, no tempo, nas dimensões que o psicólogo analisa, ou que o filósofo tenta perscrutar...
  52. A própria filosofia é uma arte que não é para qualquer um...
  53. A ciência sem a arte seria pobre.
  54. A arte sem a ciência não se daria.
  55. Muitos cientistas foram artistas também. Einstein. Leonardo da Vinci. Etc.
  56. Espírito. Mente. A arte e a ciência são produtos da mente. Nelas elas ocorrem. No espírito nascem, no espírito ou com o corpo morrem... Morre o artista, morre a sua arte. Por que a arte é eterna. Sobrevive o momento, o fóssil, este sobrevive.
  57. Sobrevive por muitíssimo tempo. Mas se o artista morre, o faz apenas para nós. Se a arte dele morre com ele, penso eu, tanto ele, quanto a sua arte: serão eternos... Em outras dimensões que não estudei em Física!
  58. A arte e a ciência são invenções humanas? Não, tudo estava previsto por Nosso Senhor. A nossa inteligência é "Arte" DEle. Portanto a ciência também...
  59. A arte é o dom da humanidade. A Política é uma arte.
  60. Existe arte até na agressividade, isto é, conseguir lutar e vencer sem precisar destruir o inimigo. O judô, a capoeira.
  61. Tudo é arte. Até a guerra é artisticamente retratada, e isto é comum.
  62. Nada mais injusto que uma guerra.
  63. Tentando desvendar a alma humana, acabamos ou por produzir arte, ou por desvendar a arte. Tentando desvendar a arte, ou compreendemos profundamente a alma humana ou desvendamos seus segredos...
  64. Tudo tem vida. A arte tem vida própria, a arte é um sentido, um tipo de percepção que temos em nós mesmos... Podemos ver arte num pomar, bem cuidado e com folhas mortas caindo das árvores, num céu tempestuoso, ou numa simples brisa... Podemos ver arte nos desenhos das crianças, ou num Da Vinci.
  65. Arte é vida. Arte é denúncia. Arte é elogio do bom, do bem, do melhor, do correto...
  66. Viver é uma arte.
  67. Amém.
  68. Escrevo para mim mesmo...
  69. Sobre Fidel Castro.
  70. Ditador, comunista, assassino, paredón etc, o céu é o inferno e o inferno é o céu...
  71. Sobre Che Guevara
  72. Idem, idem, idem...
  73. Traidores de suas pátrias, estes são adorados pela esquerda brasileira. ADORADOS, como deuses, o que falam eles? Não sei e não me interessa, um montão de bobagens provavelmente acusando EUA E EUROPA como se foram estes países/nações capitalistas os únicos responsáveis pelas nossas mazelas. Não são, eles souberam o que fazer para se desenvolver. Nós não soubemos.
  74. Nossa esquerda pensa que não é culpada por nossa realidade. Nossa esquerda não pense que não é, pois é também, com a mesma culpa, se é que há, da nossa direita.
  75. Incongruentes, incoerentes, querem liberdade de expressão, mas pregam exatamente o contrário... ou seja, a falta de liberdade de expressão! Não se iludam, o comunismo é a pior falta de liberdade que existe, é uma ditadura policial, em que a mínima expressão de liberdade é punida com cadeia e lavagem cerebral...
  76. Ijuí, RS, quarta-feira, 9 de abril de 2008. São 05h46min.
  77. Pensando um pouquinho sobre Nietsche. Nietsche critica Hegel e sua visão das coisas. Concordo com Nietsche em parte. Em parte quem tem razão é Hegel.
  78. Senão vejamos:
  79. Nietsche, em um de seus escritos, o qual estou a ler por estes dias, afirma que somos homens e mulheres históricos. Que não somos apropriados para produzir o "novo" e que tudo que fazemos é reproduzir a história. Ora, tenho a dizer o seguinte:
  80. Eu conheço razoavelmente bem a história, a ciência História, e o meu próprio passado que, para mim, em minha memória, está escrito como uma sucessão de fatos, às vezes com causas uniformemente dispostas em uma linha unidimensional, outras vezes com fatores dispostos como causas e efeitos em linhas paralelas ou congruentes, mas não linhas únicas e unidimensionais.
  81. Tenho uma memória e uma história, que poderia ser registrada em papel ou outro tipo de arquivo, e mesmo que não fizesse sucesso de bilheteria, ainda assim estaria registrada.
  82. Nós nos guiamos pelo acervo de experiências passadas. Podemos, na maioria das situações, nos guiarmos pelos passos e experiências passadas. Porém o novo surge diante de nós como um desafio, às vezes, como um desafio à nossa inteligência ou nos desafia a arriscarmos a nossa própria pele, a nossa própria existência enquanto humanos, nos desafia para nos testar, se estamos dispostos a continuar escravos ou não, se vamos arriscar o pelego e tentar nossa própria libertação ou vamos nos acomodar e ficar parados no tempo.
  83. Eu diria, neste último caso, que a vida pode ser vista como muito próxima de um jogo de xadrez. Dependendo da estratégia que será adotada por nós, o jogo poderá resultar em vitória sem a necessidade de uma "guerra", por exemplo!
  84. Quero dizer com isto que: se somos ou não históricos, e se somos ou não aptos para produzir evoluções nas maneiras de pensar, se nossas sociedades vão evoluir ou não, isto depende de nós próprios, de nossas reais condições de produzir este "novo" e destas "linhas" congruentes (por que terminam elas próprias sobre nós mesmos)!
  85. Eu diria que agora mesmo, sobre mim, há forças agindo em sentidos e direções contrárias. Que o próprio Universo, ou o próprio SENHOR tem seus sentimentos e está a me avaliar conforme Sua vontade. Se eu estou concordante com esta vontade depende DEle, para Ele próprio, saber isto. Não posso perscrutar os pensamentos de Deus, mas Ele pode perscrutar os meus!
  86. Neste ponto, coloco-me diante DEle e me humilho, pois sei que tudo o que faço o faço inspirado NEle, pois O amo de todo o meu coração, apesar de meus pecados.
  87. Porém, concordo com Nietsche que somos "bárbaros" com conhecimentos helênicos. Somos "enciclopédias ambulantes", com originalidade apenas na capa. Neste ponto afirmo que nós somos ocidentais e tudo o que a ocidentalidade representa.
  88. Na realidade somos aprendizes de feiticeiros! Ninguém aprende alguma coisa a não ser que alguém lhe ensine. Ou aprenda com os próprios erros. Isto, ambas as coisas são possíveis. E temos que concordar que quem procura acha, quem se esforça consegue e quem busca alcança.
  89. Deus abençoe vocês e todos!
  90. Ijuí, RS, quarta-feira, 09 de julho de 2008.
  91. São 00h28min.
  92. Comecei falando sobre Hegel, passei a relatar minhas idéias e concepções sobre arte e agora vou falar um pouco sobre a ciência, mais precisamente sobre a psiquiatria.
  93. A psiquiatria não é uma ciência? Não sei defini-la corretamente, talvez seja uma maneira de tratar a dor humana e não propriamente uma ciência. A psicologia sim, eu sei, é uma ciência. Mas ambas, a forma de tratar a dor e a ciência psicológica servem-se de métodos e técnicas científicas para atingir o conhecimento das doenças mentais e as formas de tratamento e cura.
  94. Porém há, e é isso que eu quero rapidamente dizer aqui, um pequeníssimo detalhe que confere a minha visão sobre estas duas varas da ciência um caráter não de originalidade, mas de pertinência.
  95. Aonde está a verdade? Estas duas ciências, se é que podemos classificá-las ambas como tais, procuram a cura e o tratamento das doenças mentais. Partem da análise de mentes doentes para inferir os seus conceitos (Freud) e por vezes dissecam o corpo vivo para chegar às suas conclusões. Ambas afirmam que Deus não existe.
  96. Esse é o detalhe. Ouvi hoje famoso psiquiatra afirmar que o que justifica a vida humana é o relacionamento interpessoal (em outras palavras).
  97. Então Deus não existe?
  98. Vamos começar.
  99. Se o objetivo da psiquiatria e da psicologia é produzir pessoas bem ajustadas e socialmente saudáveis qual o objetivo da religião que prega (Jesus) a existência de Deus?
  100. Existem na vida humana diversas situações diferentes. Homens e mulheres casados e casadas, solteiros e solteiras, solteirões e solteironas, divorciados e separados, viúvos e viúvas etc. Existem situações de relacionamentos infinitos e variados... O homem é um ser social.
  101. Ajustar o homem perfeitamente na sociedade humana, nos convívios, nas diversas situações, buscar um equilíbrio, buscar uma perfeita harmonia entre mente e corpo, e situação vivida no presente etc, esta é a forma de cura proposta pelas duas ciências.
  102. Ora auxiliando-se de medicamentos, ora de psicoterapia, ora conhecendo, a busca desta perfeição nos relacionamentos humanos é o objetivo de ambas.
  103. Busca da perfeição? Sim. E o que tem isto a ver com Deus? Isto não é prova da Sua majestosa existência!
  104. Deus é uma invenção humana.
  105. Por que motivo buscam os psiquiatras curas e tratamentos? E a psicologia por que busca o mesmo?
  106. Na realidade a psiquiatria e a psicologia são duas buscas um tanto quanto diferentes entre si de um mesmo objetivo: o poder sobre as pessoas. E vêem ambas a busca da perfeição nos relacionamentos como um caminho para este poder.
  107. Como toda busca pela perfeição, há o choque inevitável com a verdade e no final das contas qualquer psiquiatra ou psicólogo acabará por compreender que o corpo saudável é equitativo em suas relações humanas, é generoso, é altruísta, é capaz de sacrifícios de si mesmo pelos outros, é uma relação com o outro: é amor.
  108. Mas qual conceito de amor? O amor saudável, segundo eles, não rejeita nem nega a si próprio. Então eles analisam tudo sob o aspecto do poder que entre as pessoas existe. Poder interpessoal. As táticas, estratégias, mentiras e outras coisas das quais são capazes as pessoas para atingir este poder e este controle do outro.
  109. Negam veementemente que a generosidade seja uma coisa compatível com um coração limpo. Dizem que é pura busca pelo poder. Dizem então que se você é generoso então você é um mentiroso também. Que na realidade o que você quer não é o bem do outro e sim o poder sobre ele. É como se fora uma compra. Uma troca. Na generosidade não existe altruísmo. Que o amor não é uma rua de mão dupla.
  110. Eu li toda a Bíblia, de cabo a rabo, e quando o fiz não compreendi tudo na primeira vez. Li muito e vi em toda ela uma coisa só. Um amor inefável pelos seres humanos e a condenação explícita da maldade. Por que amor e maldade não são miscíveis.
  111. A psicologia (certas psicologias) e a psiquiatria (certas psiquiatrias) então partem do princípio de que o ser humano é falho e mau em sua raiz.
  112. A Bíblia parte do princípio de que a perfeição é possível, que basta seguir o exemplo dado por ela em suas paginas.
  113. A Bíblia diz que os seres humanos são maus sim, mas que não são maus por que querem, e sim por que estão doentes. E que a cura de todos os males é o amor.
  114. A psiquiatria e a psicologia partem do princípio de que a perfeição é possível, mas que o filtro de luz dos seus óculos é que vai dizer qual a cor que deve ser observada, e não todas elas.
  115. A psiquiatria e a psicologia buscam dentro do ser humano a força para a superação dos problemas.
  116. Já as religiões cristãs (não todas) dizem que esta força vem de fora de você, ou seja, de Deus.
  117. Deus existe ou não existe?
  118. Diz explicitamente na Bíblia cristã: - sede perfeitos como perfeito é Vosso Pai celeste.
  119. Ambas concordam, a ciência e a religião: a busca da perfeição é o objetivo.
  120. Então porque negar Deus? Por que rejeitar o amor como solução para tudo?
  121. Ora. Se o objetivo da ciência médica e da psicologia são os relacionamentos e se Vossa Mercê não consegue provas da inexistência de Deus, uma que seja cabal e final, Vossa Mercê corre o risco de "em Ele existindo" estar negando um relacionamento autêntico que poderia produzir frutos de amor espiritual no mais alto grau e nível de espiritualidade, de conhecimento e de poder de cura e de poder de perfeição humana jamais atingido. Isto é, Vossa Mercê estará cavando a própria cova.
  122. Ijuí, RS, Brasil, sexta-feira, 17 de julho de 2009. São 03h33min.
  123. De volta a Hegel, com um breve comentário a respeito do último assunto supra.
  124. Primeiramente gostaria de dizer que: a ciência psicológica, a medicina psiquiátrica e os valores de Nosso Senhor Jesus Cristo não são incompatíveis entre si. A união das três, podemos dizer assim, ciências, pois as duas primeiras podem ser consideradas comparativamente uma com a outra ciências, e a terceira, os conhecimentos que temos a respeito das atitudes e palavras poderosas, dos ensinamentos, dos sentimentos, dos exemplos e tudo o que está escrito nos livros do NT, constituem também uma ciência.
  125. Quanto à Nietsche: estava completamente errado. Se fôssemos viver conforme os seus ensinamentos: teríamos que esquecer todos os conhecimentos adquiridos pela humanidade. Não é possível construir nada novo se não partirmos de premissas corretas, e estas estarão disponíveis no momento que nossas percepções, alteradas para High ou extremos superior, ou não, indutivamente, ou dedutivamente, apropriarem-se dos conhecimentos já produzidos. Não é possível produzir o novo senão a partir do que é conhecido, ou velho. Mesmo as nossas vidas vêm de alguém mais velho, nossos pais. Assim é com a ciência, a arte e toda a produção cultural que existe, existiu ou existirá. Nietsche estava errado. Pelo menos neste ponto. Ainda não li tudo ou a maior, ou melhor, parte do que ele escreveu.
  126. Porém, afirmo com base no que sei, não podemos ser os heróis. A renúncia ao heroísmo é que é o caminho.
  127. Nenhum trabalhador, visto aqui como trabalhador comum, é herói. E só o trabalho de trabalhador comum, cavalo trabalhador como eu sou, é que é o verdadeiro herói.
  128. No não heroísmo, na negação, no anti-heroísmo, no trabalho humilde, inspirado, no esforço pessoal, humilde, contribuinte, na colaboração, e não no heroísmo supra-humano, sim na superação de limites, mas não na crença do super-homem.
  129. O super homem só é possível através da tecnologia humana, e esta é fruto de trabalho humilde de milhares de não ou anti-super-homens. Muitas vezes mal pagos, subnutridos, escravos, ou de conceitos errados, ou de estruturas sociais injustas. Estes é que são os verdadeiros heróis, os humildes, os verdadeiros produtores das condições que permitirão aos homens em sua individualidade e poder pessoal constituir-se em papéis de heróis, não em heróis. Estes "heróis", estes "super-homens" são na realidade apenas atores sociais, não heróis reais. É como num teatro. Fingem ser heróis, mas o verdadeiro e primordial herói da humanidade é Cristo e seu Corpo social.
  130. No fim das contas, o que Nietsche ignorou completamente, em seu trabalho em que afirmou sermos homens e mulheres históricos, foi o trabalho humano. Este é que deve ser considerado, este é que deve ser valorizado. Venha de mais humilde origem que vier, deve ser valorizado. Toda idéia, por mais humilde que seja, se estiver correta, deve ser considerada inspiração, trabalho e valorizada como produto da mente humana.
  131. Nós não somos enciclopédias sem originalidade. Às vezes até sim, mas não se pode generalizar. Depende de quem, quando, em que momento da vida, etc. Depende do tempo etc. etc. etc.
  132. O novo só pode ser produzido onde houver condições para tal. Ou seja: a partir de coisas velhas.
  133. Aí, afirmar-se-á que há coisas que foram produzidas de matérias primas e é completamente novo. Um automóvel, novo, por exemplo.
  134. Porém, a matéria de que é constituído este automóvel é tão antiga que não se pode afirmar que seja nova. Tem bilhões de anos, e ela própria foi feita, produzida em estrelas, passou por diversos núcleos de estrelas até ter a constituição atual.
  135. É velhíssima. Estou falando da matéria que serviu de matéria prima para constituir o novo automóvel.
  136. Assim o é com as idéias humanas. São reciclagens sucessivas, seguem linhas, direções, sentidos, caminhos, maneiras e modos de raciocinar específicos, são produtos de inovações sucessivas em coisas velhas. Uma cadeira é e será sempre uma cadeira.
  137. Um automóvel, já é mais recente, mas a roda é antiqüíssima.
  138. Nós somos o novo na natureza, somos atuais, e de nós mesmos originar-se-á um novo modelo humano, com a graça de Deus, provavelmente daqui a milhões de anos, através do que costumamos chamar de evolução, o que eu aceito e acredito como método divino de produzir coisas novas, conforme as leis que Ele prescreveu para o Universo em que vivemos.
  139. Assim, o novo só surge do que já existiu. Não pode surgir do nada, senão da mente de Deus. Só Deus pode criar a partir do nada. Só ele pode nos inspirar o completamente inusitado. Não o insólito. Insólito seria não divino, e por isto considero todas as obras humanas, frutos do seu trabalho (humano), como divinas também, porque inspiradas por Deus, ou seus anjos.
  140. Como vemos o nosso velho e querido Deus fez com que toda a natureza reciclasse tudo, desde as sub-partículas atômicas até a água em nosso planeta, o ar que respiramos, nossos corpos quando morremos, tudo é reciclagem. Nada mais natural e correto. Tudo deve ser reciclado.
  141. Por isto o novo surge da reciclagem do que é velho.
  142. O novo só pode ser considerado algo com valor se foi reciclado como idéia; ou como matéria.
  143. Por este motivo Nietsche peca. Não aceita ele a reciclagem. Para ele o homem comum é lixo. E lixo deve ser jogado fora.
  144. Nós devemos começar a reciclar as coisas na nossa sociedade, seguindo a orientação Universal, o próprio Universo demora um tempinho, mas recicla tudo.
  145. Uma sociedade baseada completamente na reciclagem. Não na produção de artesanato, falo em grandes reciclagens.
  146. A reciclagem de matérias primas. Todas as matérias primas. Onde houver lixo que seja reciclado. E que não se considere homens e mulheres e crianças como lixo. Não são. São nossos irmãos e irmãs.
  147. Irmãos e irmãs devem ser tratados como seres dignos de respeito, em primeiro lugar.
  148. Não, um não bem contundente para a inatividade. Um não contundente para a demora, precisamos reciclar com pressa, mas com calma e organização.
  149. Comecemos por reciclar as idéias. Seguir caminhos e raciocínios que nos levem a alguma conclusão melhor, mas partamos de premissas existentes. Tudo é reciclagem.
  150. Faço uma proposta em termos de energia.
  151. Tudo o que economizar energia que seja adotado.
  152. Por quê?
  153. Citemos dois exemplos.
  154. Energia da natureza: as hidrelétricas. Economizam energia, são limpas, apesar de que modificam o ambiente natural. Dois prós e um contra.
  155. Energia das pilhas ou baterias elétricas, energia química. Deixam atrás de si um rastro irrecuperável. Exceto as baterias que podem ser recarregadas e seu uso prolongado indeterminadamente, e depois de estragadas, serem recicladas. Aí sim, mas as pilhas comuns estas deveriam ser banidas da sociedade.
  156. Penso que todo o conceito da nossa sociedade deveria ser revisto e analisado pelo ângulo de limpeza, economia de energia, possibilidade de reciclagem, minimizar os efeitos e a produção de lixo.
  157. Por exemplo. Há muito tempo abandonou-se o uso de litros de vidro para comercializar o leite. Não havia mal nenhum nisto. Não sei por que se abandonou esta prática.
  158. Eram facilmente recicláveis, se quebrassem. E, além disto, podiam ser usados indefinidamente. Sem produzir lixo. As garrafas de refrigerantes e bebidas também.
  159. Por que não produzir alimentos em conserva em vidros e não em latas? Ou papel e não plástico? Por que não voltar atrás e empregar mais pessoas, por exemplo, para a entrega de produtos como farinhas, grãos etc. em pacotes de papel e origem a granel?
  160. Por que existem diversos tipos de papel, bastaria que se produzissem papéis mais "grossos", espessos e resistentes e não teríamos problemas nenhuns.
  161. Por que não a volta das sacolas, de pano, para embalar os produtos de mercados? Por que não voltar um pouco atrás? Não seria bom e ecologicamente perfeito? Seriam necessárias adaptações e a criação de novos ou velhos hábitos, já esquecidos por que não vividos pelas pessoas na sociedade.
  162. Ou, porque não pagar alguns centavos por latas e materiais como plásticos comuns, genéricos, ou latas, ou vidros etc., para os catadores?
  163. Incluir materiais que não são geralmente comprados e reciclados como matérias primas? E partir para a sociedade da reciclagem. Isto geraria recursos, trabalho, muito trabalho, economia, e as vantagens não param aí. Os recursos seriam todos melhor geridos e ecologicamente seria correto, e a preservação da natureza, sem lixo inútil, ocorreria com mais consciência das pessoas a respeito destes assuntos.
  164. A próxima pergunta, neste mote que estou seguindo, é quanto poderíamos economizar reciclando tudo em termos de matérias primas, a granel ou em grandes quantidades. Quanto poderíamos economizar?
  165. Quanto aos rios poluídos, o que ocorreria se reciclássemos os subprodutos das indústrias?
  166. Amém.

KANT

  1. Continuando.
  2. Ijuí, RS, Brasil, sexta-feira, 07 de agosto de 2009. São 23h52min.
  3. Minhas idéias amadureceram bastante. Em outro trabalho que fiz, sobre liberdade, tentei compreender este conceito e ir fundo nele. Não percebi na época o que ele significava.
  4. Kant tem uma idéia do que seja liberdade. Eu tenho outro conceito sobre ela.
  5. Em primeiro lugar quero dizer que liberdade para mim se aproxima do conceito natural, isto é, conceito criado pela natureza.
  6. Ou por Deus, como queiram os filósofos.
  7. Para mim é um conceito natural e anterior à criação do Universo.
  8. Assim como na Física e na Matemática, os pontos e retas e planos, e volumes são princípios aos quais quando nos referimos a eles, visualizamo-los e explicamo-los, porém, são princípios, com os quais construímos outros conceitos, isto é, são a base do conhecimento nestas disciplinas e ciências.
  9. Assim, para mim, liberdade pode até ser explicada, mas é um princípio natural, tanto que se prendemos os cachorrinhos durante muitíssimo tempo, ao soltarmo-los eles correm desesperados, aproveitando a "liberdade", então um conceito natural, ao máximo, alegres e felizes, por estarem soltos.
  10. Então a Liberdade está para a Ética, como pontos, retas e planos estão para a Física e a Matemática.
  11. Qual o oposto de liberdade?
  12. Podemos então partir do conceito de Liberdade e determinar outros conhecimentos.
  13. O oposto de Liberdade é a sua completa falta para um ou mais indivíduos.
  14. Estar preso e acorrentado ou preso a conceitos como trabalhos forçados, escravidão etc.
  15. Porém, um destes conceitos, o de escravidão, não poderia ser compreendido sem o conceito natural de parasitismo.
  16. Este é outro conceito que é um princípio. O parasitismo pode ser explicado, mas já existe na natureza antes de o Universo ser criado ou ter existido.
  17. Um povo é escravo quando está exercendo o poder sobre ele um "parasita", ou outro povo que exerça sobre ele o parasitismo.
  18. Outro conceito base, ou princípio, natural também, é a "simbiose", quando dois ou mais indivíduos, grupos ou até povos se reúnem e "colaboram" em função da sobrevivência.
  19. Todos estes conceitos vêm do diálogo entre a Biologia e a Ética, transplantando conceitos naturais para realidades humanas. São conceitos que poderíamos chamar de metafóricos, porém se encaixam perfeitamente em alguns exemplos históricos.
  20. Já o conceito de Liberdade é um conceito natural e biológico por excelência, porém está relacionado a mais que uma ciência. Sua origem, do conceito, é certamente evolucionista e biológico. E como nós humanos somos seres vivos pensantes e transitórios, somos parte desta biologia. Nada mais natural que nós pensemos ou aspiremos à liberdade.
  21. Podemos, portanto, conceituar usando para isto metáforas conhecidíssimas em relação a elementos biológicos, analogia com os pássaros, com os cachorrinhos etc., todas tiradas da biologia, e analisar nossa condição humana, animais que somos.
  22. O perigo da Liberdade, por exemplo.
  23. A Liberdade completa e sem limites, ou pelo menos sem o auxílio da experiência e do conhecimento é perigosa: veja-se o exemplo de um cãozinho que vivendo sempre preso a sua corrente, um dia foi solto por compaixão do seu dono, para que ficasse livre por alguns instantes. Saiu imediatamente a correr, alegre e desesperado, aproveitando ao máximo sua liberdade momentânea. Ao sair à rua, e sem a experiência dos cãezinhos de rua, foi atropelado por um carro e morreu.
  24. Somos como que cãezinhos que quando soltos sentem-se mais seguros e acabam voltando para casa, para a tarefa de "guardar a casa" em troca de segurança e pão. Somos como árvores, neste exemplo anterior, que criam raízes em seu lar e seu trabalho. Precisamos fugir de vez em quando, viajar para longe, espairecer. Porém, logo, logo estamos com saudades das raízes: do nosso lar.
  25. Mas essa não é a única existência possível. Há aqueles que vivem mudando de endereço, ora aqui, ora ali, sem rumo ou paradeiro certo. Este tipo de vida tem suas conseqüências. É um tipo de vida que não cria laços de amor por ninguém, ou se vive como cigano, ou se vive como cãozinho sem dono e sem lar. Ou se é muitíssimo rico para poder levar este tipo de vida com conforto, ou se é extremamente pobre...
  26. Kant não deu o salto no escuro. Não se atirou de cabeça. Por capricho preferiu, apesar de que aprecio-o, digo isto, preferiu ele aceitar alguns conceitos e rejeitar outros. Na realidade estava em dúvida.