sexta-feira, 21 de maio de 2010

Garoa

Nuvens escuras

Vêm encobrir

O sol que antes

Estava a sorrir

E a suave brisa

Deixa sentir

Profunda calma

Em minha alma

Chuva a cair


 

E a garoa

Silenciosa

Cai muito fina

E graciosa

Deixa nas pétalas

Das belas rosas

Pérolas lindas

Cristais bem-vindos

E preciosas!


 

E entre brumas

Tão envolventes

Ficam as casas

Ruas e gentes

E elas se tornam,

Todas as mentes,

Como as prosas

Misteriosas

Tão diferentes.


 

E a memória

Faz recordar

O aconchego

Que há no lar

Traz à lembrança

Como a sonhar

Experiências

Reminiscências

Algum lugar!


 

E o menino

Que mora ao lado

Feliz desenha

Muito encantado

O seu coração

No vidro embaçado

Vê da janela

A menina bela

Apaixonado


 

E os passarinhos

Todos molhados

Sofrem nos galhos

C'o ar gelado

E a menina

A pobreza

A sina

O inesperado!


 

Então o menino

Sente compaixão

Ouve a menina

A pedir-lhe pão

Ele a convida

Que entre e se aqueça

Depois agradece

Com o coração!


 


 

E assim termina

A nossa história!

Ou é o começo?

Não há pois guerra,

É tempo de paz,

Ilusão falaz,

No mundo incapaz:

Fome e frio na Terra!

Um comentário:

  1. Belo poema tio!

    Devagarinho to lendo os primeiros textos, que sao bem grandes. Mas to gostando de ler. Nao li muita coisa de filosofia na vida, mas gosto e me interesso.

    Continue escrevendo! Grande Abraço da Itàlia

    ResponderExcluir